Foi a vontade do povo contra a do pároco local. Venceu o povo e a Procissão dos Caixões voltou a sair este sábado, na aldeia de Santa Marta de Ribarteme, no concelho de As Neves, vizinho galego de Melgaço.
Uma multidão de devotos acorreu em peso àquele local. Desta vez, apenas dois caixões…. com pessoas vivas.
É, sem margem para dúvidas, um dos rituais mais insólitos que acontece em toda a Galiza.
Manda a tradição que seja realizada a 29 de julho.
A única condição que o pároco colocou foi que os caixões não entrassem na igreja. Nem no adro. Tanto no início como no fim. Segundo o jornal Atlántico, a vontade foi feita.
O ritual já não era feito há três anos. Não só pela pandemia da COVID-19 mas também por oposição de um antigo sacerdote.
No entanto, os fiéis mostraram vontade férrea na manutenção de uma tradição com mais de 300 anos.
Veja o vídeo:
A origem da romaria remonta ao ano de 1700: todos os anos, os habitantes da aldeia de Santa Marta de Ribarteme, na Galiza, em Espanha, desfilam dentro de caixões abertos para agradecer ou para pedir ajuda a Santa Marta, a sua padroeira.
“Muitas pessoas vêm à Romaria de Santa Marta para fazer ofertas, pedir ou agradecer à santa, mas o que é conhecido da procissão são os caixões com pessoas no interior. As pessoas oferecem-se para ir ali deitadas, mas também podem carregar o caixão fechado e vazio. É algo que atrai a atenção, mas é uma romaria”, contou a sacristã da aldeia, Marta Dominguez, à Euronews, durante a edição destas festas em 2018.
A imagem de Santa Marta sobressai na procissão. É a padroeira das causas urgentes e impossíveis. Carregam-na homens, mulheres e crianças que querem pedir ajuda ou agradecer por terem ultrapassado situações difíceis.
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