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O número de infeções pelo novo coronavírus na Galiza não para de crescer. Em 24 horas, a comunidade galega somou 123 novos casos e são agora 567. Há cinco pacientes recuperados, mas registam-se já nove vítimas mortais.
A Corunha continua a liderar, com 152 casos confirmados. Logo depois, Vigo com 108. Em terceiro lugar, Santiago com 94. Seguem-se Pontevedra, com 83; Ourense, com 63; Lugo, com 46; e Ferrol, com 21 infetados.
Do total de casos, 156 estão internados, 19 estão mesmo nos cuidados intensivos. Os restantes 411 permanecem em quarentena domiciliária.
O Governo espanhol divulgou nesta sexta-feira que 1.002 pessoas morreram em decorrência do COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O total de casos diagnosticados alcançou 19.980 – dos quais 1.141 estão internados em estado grave.
O avanço do vírus pelo país preocupa as autoridades, que temem não haver leitos suficientes para tratar dos enfermos.
Os médicos de Espanha vão ter de passar a tomar a difícil decisão de escolher quais são os doentes que internam e quais aqueles que não vão manter nos hospitais. A notícia está a ser avançada pelo Observador.
Depois de Itália, avizinha-se esta fase para o país vizinho que já conta com 20 mil infetados com o novo coronavírus (COVID-19). Perante um sistema de saúde a um passo de colapsar, os clínicos vão ter de optar por tratar “aqueles que têm maior esperança de vida, de forma a gerir a falta de recursos”, refere o mesmo jornal.
Assim, prossegue o Observador, os hospitais espanhóis passarão a evitar totalmente o “critério de quem chega primeiro é internado primeiro” e passam a tomar outro tipo de decisões, com a certeza de que “admitir um paciente pode implicar rejeitar outra pessoa que pode beneficiar mais” desse mesmo internamento.
O documento, da autoria do Grupo de Trabalho de Bioética da Sociedade Espanhola de Medicina Interna, Crítica e Unidades Coronárias (Semicyuc), orienta os médicos para, na altura de decidir entre um doente e outro, “avaliarem cuidadosamente o benefício do ingresso de pacientes com esperança de vida inferior a dois anos”.
[Fotografia: Arquivo / Faro de Vigo]
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