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Galiza

Galiza: Fiéis querem expulsar padre que proibiu Procissão dos Caixões

19 Setembro, 2022 - 21:06

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Tradição ia regressar este ano, mas sacerdote não autorizou.

Ambiente tenso na aldeia de Santa Marta de Ribarteme, no concelho de As Neves, vizinho galego de Melgaço. Várias dezenas de fiéis exigem a saída do pároco, Dom Javier Ramiro, daquela localidade. 

 

Na origem da revolta, segundo o jornal Quincemil, estão medidas e atitudes tomadas pelo sacerdote que geraram forte indignação. Uma das mais recentes foi a decisão de acabar com a popular Procissão dos Caixões. 

 

Trata-se de um dos rituais mais insólitos que acontece em toda a Galiza. Uma romaria com mais de 300 anos em que populares daquela aldeia desfilam dentro de caixões abertos para agradecer ou para pedir ajuda a Santa Marta, sua padroeira.

 

Manda a tradição que seja realizado a 29 de julho. Durante a pandemia, o ritual foi suspenso. Este ano era para ter regressado… mas o padre não autorizou e a polémica estalou. Até porque, também segundo aquele jornal, esta tradição foi recentemente considerada uma das melhores de toda a Espanha num ranking efetuado pelo ClubRural.

 

Em concordância com a Diocese de Tui/Vigo, o sacerdote suprimiu o ritual considerando que “era uma atração visual e não um ato religioso”.


 

Batismo cancelado… por causa da madrinha

Um outro episódio, conta ainda aquele jornal, aconteceu pouco antes do batismo de uma criança. O mesmo sacerdote teve conhecimento que “a futura madrinha do bebé estava a morar com o companheiro antes de ser casada”. 

 

O padre cancelou o batismo argumentando uma “violação das regras estabelecidas no Código de Direito Canónico”. E acrescentou que “os padrinhos devem levar uma vida congruente com a fé”.

 

 

Mas há quem defenda o sacerdote

Há muitos que querem expulsar o sacerdote da paróquia, mas também já há gente a mover-se para defender Dom Javier. 

 

Um grupo de fiéis já começou a recolher assinaturas pela localidade, no sentido de apoiar a permanência do padre naquela paróquia.

 

Uma iniciativa que, lamentam, não contou com o apoio do Presidente da Câmara de As Neves. O autarca tem optado, pelo menos para já, por manter-se à margem dos acontecimentos.


 

 

 

[Fotografia de capa: DR/Via Orgullo Galego]

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