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Galiza

Galiza: Declaração de Tui eterniza rio Minho como ‘elemento de união’

15 Fevereiro, 2016 - 18:03

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Deputação de Pontevedra e CIM Alto Minho assinaram documento que pretende ser a génese de uma nova associação de cooperação entre os municípios de Pontevedra e do Alto Minho para potenciar o rio Minho.

“O rio Minho é um elemento de união”. Foi esta uma das principais mensagens deixadas pela ‘Declaração de Tui’, assinada este fim-de-semana entre a CIM Alto Minho e a Deputação de Pontevedra. O documento assinado no Parador de Tui é a génese de uma nova associação de cooperação entre os municípios de Pontevedra e do Alto Minho para potenciar o rio Minho e uma nova ferramenta para unir o território transfronteiriço aproveitando as suas características e interesses comuns.
A assinatura celebrou-se simbolicamente a 13 de fevereiro devido à coincidência com o aniversário do Tratado de Lisboa de 1668, que declarou a paz entre Espanha e Portugal, e que permitiu a independência do estado luso frente à coroa espanhola. “O 13 de fevereiro será um dia para se lembrar e ao longo dos tempos teremos consciência real da sua importância”, disse a presidente da Deputação de Pontevedra, Carmela Silva, para acrescentar que “o Rio Minho é a fronteira de água que separava dois territórios que tinham tudo em comum e que a falta de inteligência separou. 348 anos após a data histórica de separação, somos homens e mulheres que demonstram a capacidade de nos entendermos e de promovermos projetos comuns. Temos de lançar os nossos sonhos”. A presidente afirmou, para terminar a sua intervenção, que “a ‘Declaração de Tui’ permitirá o desenvolvimento dos concelhos” e que “é preciso olhar para este território “.
O presidente da CIM Alto Minho, José Maria Costa, aproveitou o evento também para reivindicar maiores apoios da UE para realizar projetos de cooperação transfronteiriça e que beneficiem principalmente os territórios mais próximos às fronteiras. “As zonas de fronteira são as menos desenvolvidas e territórios tradicionalmente abandonados em que há mais dificuldades, por isso os programas europeus devem ser aí aplicados” pelo que todas as manifestações de vontade de cooperação são importantes, como esta ‘Declaração de Tui’, que é a implementação de um novo instrumento de colaboração”.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, também sublinhou a necessidade de que os apoios de cooperação da União Europeia sejam focados nos territórios de fronteira. “Temos que deixar claro que o Rio Minho é uma referência natural, económica e social. Temos que cuidar do rio e dar uma mensagem de união porque estamos discriminados e temos de preservar o nosso património”, disse.
O Alcalde de Tui, concelho anfitrião do evento, também quis fazer referência à necessidade de programas de estruturação do território para partilhar serviços e infra-estruturas “os tempos e os cidadãos vão nessa direção”, insistiu. Neste sentido, reivindicou a necessidade de eliminar as barreiras administrativas que não permitem que moradores que vivem a 100 metros entre si possam melhorar sua qualidade de vida como um todo.

Apresentação da candidatura ao programa Interreg V A-POCTEP

Além da assinatura da Declaração de Tui, o ato serviu para apresentar publicamente os projetos apresentados na candidatura do Rio Minho aos fundos comunitários do programa Interreg V A-POCTEP. Com esta candidatura “Preservação e valorização do Rio Minho Transfronteiriço”, coordenada pela Uniminho, pretende-se conseguir um investimento de cerca de 7,5 milhões de euros no território transfronteiriço, com o objetivo de consolidar a região como destino turístico de qualidade e atrair visitantes.
O presidente da Uniminho e da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista, foi o encarregado de apresentar esta candidatura no ato do Parador de Tui. Assinalou que se pretende criar a marca “Rio Minho ‘através de atividades transfronteiriças de preservação, qualificação e valorização ambiental com uma gestão e estratégia conjunta que permita envolver todos os setores da área”, e que a candidatura foi o resultado do trabalho de um ano que começou com a assinatura do Pacto do Rio Minho Transfronteiriço, em março de 2015, em Valença, e envolveu diversas entidades da Galiza e do Norte de Portugal.
Referiu ainda que a criação deste novo AECT Uniminho, prevista na Declaração de Tui, “é o renascer, ainda com mais força, de um novo instrumento de cooperação na fronteira do Rio Minho.”

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