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A gafe cometida por um enólogo português, imigrante nos Estados Unidos da América, está a viralizar e até mesmo a indignar os produtores de vinho verde. O momento foi transmitido na passada segunda-feira, no Jornal da Tarde da RTP.
Aquilo que era suposto ser uma reportagem sobre um empresário português, Vítor Guimarães, que arrancou há 10 anos com a plantação de castas portuguesas nos EUA resultou num momento hilariante.
Seguiram-se imagens do enólogo, durante uma prova de vinhos, a fornecer explicações a dezenas de apreciadores norte-americanos sobre os néctares portugueses. Foi então que a catástrofe aconteceu.
“Vinho verde… O que significa vinho verde?”, questionou. “Dizemos que é vinho verde, porque quando colhemos as uvas, não estão bem maduras e são verdes”, disse Vítor Guimarães, apresentado na reportagem como um enólogo de 3ª geração da mesma família.
A explicação deixou a sub-região Monção/Melgaço (e não só!) em estado de choque. O momento depressa começou a ser partilhado nas redes sociais e os internautas mostravam-se incrédulos.
“E é isto que nos anda a vender por terras EUA… Valha me Deus….”, escreveu um utilizador das redes sociais. “Pela lógica, o Red wine é de uvas que apanharam sol a mais, só pode!”, ironizou outra internauta. As reações de espanto ainda se sucedem.
A verdade é que o Vinho Verde é assim chamado por pertencer à Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Constitui uma Denominação de Origem Controlada (DOC), cuja demarcação remonta a 18 de setembro de 1908. É um vinho único no mundo. É produzido no território do Entre Douro e Minho. É considerado o berço da casta Alvarinho.
Veja ou reveja o momento [créditos: Screen shot / Filipe Cruz]
Chama-se a isso gafe? Para qualquer um mais atento, isso não é gafe, é burrice mesmo. E o pior, é que o “iluminado” intitula-se enólogo. Bem, deve pertencer à categoria dos enólogos, cujo título lhe foi concedido depois de frequentar um curso intensivo de muitos anos nos tascos mais rascas de Portugal. E as suas declarações foram proferidas depois de estar bem “bebido”. Dassss, pela cara vê-se logo que não é enólogo, mas sim anómalo.