Portugal vai repor controlos nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres na primeira semana de agosto, altura em que vai decorrer em Lisboa a Jornada Mundial da Juventude.
A medida, aprovada em cooperação com as autoridades espanholas, deverá ser aplicada de forma idêntica ao já realizado em 2017, quando o Papa Francisco visitou Portugal.
O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, referiu já que a reposição dos controlos fronteiriços vai ser feita “nos números e nos termos em que as forças de segurança considerarem adequados”.
Preocupação no Alto Minho…
Por cá, conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, há preocupação. Esta já manifestada prelo Presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, também vice-diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial do Rio Minho.
“Se continuadamente andamos a lutar, a nível europeu, pelo rompimento das fronteiras físicas entre países, não faz sentido implementar medidas que indicam um retrocesso da livre circulação de pessoas, além de causar transtornos ao turismo e economia local”, sublinhou Rui Teixeira.
Este cenário de controlo de fronteiras traz “más memórias” devido ao forte impacto na rotina diária dos cidadãos da raia minhota e “já começa a gerar motivos de muita preocupação entre trabalhadores transfronteiriços e empresários”.
… e também na Galiza
Do lado de lá do rio Minho, o Presidente do AECT Rio Minho, Uxío Benitez, lembrou que fronteiras encerradas “obrigam trabalhadores transfronteiriços a fazerem desvios de dezenas de quilómetros para se deslocarem até aos postos de trabalho”.
Sobre a decisão do Governo português, e de acordo com a imprensa galega, o responsável teme que possa ter impacto negativo no turismo da região.
A Jornada Mundial da Juventude vai realizar-se em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto e contará com a presença do Papa Francisco.
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