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Os três deputados do PS na Assembleia da República eleitos pelo Alto Minho [José Manuel Carpinteira, Anabela Rodrigues e Sílvia Torres] questionaram por escrito o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sobre uma possível abertura das fronteiras que nesta altura se encontram encerradas (ou parcialmente encerradas) à passagem de “trabalhadores e mercadorias em horário diurno”.
No documento enviado, os três deputados socialistas apontam sobretudo a fronteira de Valença/Tui (única aberta e controlada 24 horas por dia). Lamentam o “afunilamento de tráfego naquele local” que já concentra “mais centenas ou milhares de pessoas em filas intermináveis de trânsito, pois há um fluxo de 6.000 trabalhadores diários e trazê-los para um único ponto de passagem será pior e vai potenciar ainda mais os contatos e contágios”.
“Não descurando a necessidade desta medida de controlo terrestre das fronteiras para combater a grave situação epidemiológica que vivemos, não é potenciando o efeito funil num único ponto de apoio (Valença-Tui a 24h), que o problema será minimizado”, consideram.
“Além de que os horários de abertura parcial estipulados para a Ponte Internacional Monção Salvaterra de
Miño também não servem os trabalhadores transfronteiriços que desempenham funções por turnos diferenciados”, avaliam os três deputados.
A agravar a situação, existem os pontos que foram mesmo encerrados. Isso obriga a que trabalhadores transfronteiriços tenham de percorrer “mais de cerca de 50km diários para fazer a travessia. Acresce a isto o facto de os trabalhadores terem de passar a despender mais tempo do seu dia de trabalho que já é longo, bem como somar gastos com a deslocação extra o que resulta em enorme cansaço físico e psicológico e constrangimentos ao nível familiar”.
[Fotografia: DR]
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