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Caminha

Freguesias com bandeiras a meia haste em protesto contra extinção

7 Dezembro, 2012 - 15:09

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As freguesias de Caminha abrangidas pela reorganização administrativa do território colocaram hoje as bandeiras dos respetivos órgãos a meia haste em protesto contra a reforma em curso.

As freguesias de Caminha abrangidas pela reorganização administrativa do território colocaram hoje as bandeiras dos respetivos órgãos a meia haste em protesto contra a reforma em curso.

“A meia haste como forma de indignação e colocada ao contrário, no meu caso, porque no fundo o poder local tem de render-se à política de centralização, que acaba com as nossas freguesias”, disse à agência Lusa o presidente da junta de Caminha-Matriz, porta-voz destes autarcas.

Segundo Eduardo Gonçalves, esta ação foi concertada pelos onze presidentes das juntas afetadas no concelho pela proposta de reorganização administrativa apresentada pela unidade técnica.

Neste documento, enviado à Assembleia da República pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), é indicada a redução das atuais 20 freguesias do concelho de Caminha para 14, envolvendo agregações entre 11 localidades.

“Estamos todos juntos, vamos deixar as bandeiras das nossas freguesias a meia haste até que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre esta reforma”, explicou ainda o autarca da freguesia central de Caminha.

Acrescentou que o protesto já se faz sentir em nove das onze sedes de juntas de freguesia.

No caso de Caminha-Matriz, apesar do símbolo da rendição, com a bandeira e respetivo brasão hasteada naquela sede de junta ao contrário, Eduardo Gonçalves garante não ser essa a intenção.

“Não nos rendemos, vamos lutar até ao fim contra a extinção das nossas freguesias. Mas lamentamos que alguns deputados eleitos pelo nosso distrito não respeitem a vontade da população, aprovando a reforma”, disse ainda Eduardo Gonçalves.

A proposta da UTRAT prevê a fusão de três aldeias da serra d’Arga, dando origem a um órgão responsável pela gestão de um território de 31 quilómetros quadrados, mas com uma população que rondará apenas as duas centenas.

As freguesias de Arga de Baixo (74 habitantes), Arga de Cima (73) e Arga de São João (61) são também as mais pequenas, em termos de população, no Alto Minho.

Além destas, o novo mapa territorial proposto para Caminha prevê a União das Freguesias de Gondar e Orbacém, a União das Freguesias de Moledo e Cristelo e a União de Freguesia de Venade e Azevedo.

Na sede do concelho é proposta a criação da União de Freguesias de Caminha, juntando Vilarelho e Caminha-Matriz, envolvendo 2.470 habitantes.

Entretanto, a Câmara de Caminha anunciou que vai disponibilizar apoio jurídico a todas as juntas de freguesia do concelho que pretendam contestar a proposta de reorganização.

O município é liderado desde 2001 pelo PSD e não apresentou qualquer pronúncia por discordar da imposição partir do Governo sem respeitar a vontade local.

Já depois de conhecida a proposta da UTRAT, a Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, uma moção em que volta a rejeitar qualquer agregação ou extinção de freguesias no concelho.

Em todo o país, a reorganização administrativa do território prevê a redução de 1.165 freguesias.

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