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Valença

Fortaleza vive problema de desertificação habitacional – Pereira de Castro

12 Março, 2013 - 08:17

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O historiador do património de Valença destaca um “grande problema” que se vem acentuando desde a década de 80, provocado por um ‘boom’ de construções na periferia, que arrastou alguns serviços públicos como GNR, Bombeiros, Hospital, Correios, entre outros) e, consequentemente, as pessoas.

O historiador do património de Valença, Major Alberto Pereira de Castro, mostra-se preocupado com a desertificação habitacional que assola o interior da Fortaleza.

Ao longo de cinco quilómetros de muralhas com mais de 200 edifícios de dois e três andares no interior, na sua maioria ocupados por comércios e armazéns, apenas habitam intra-muros cerca de meia centena de pessoas, sobretudo mais velhas.

Pereira de Castro destaca um “grande problema” que se vem acentuando desde a década de 80, provocado por um ‘boom’ de construções na periferia, que arrastou alguns serviços públicos como GNR, Bombeiros, Hospital, Correios, entre outros) e, consequentemente, as pessoas.

Pereira de Castro não tem dúvidas em identificar o grande fluxo de trânsito no interior da Praça-Forte como um dos factores para o êxodo da população.

Recorda que em 1998, a Assembleia Municipal de Valença tinha deliberado o condicionamento de viaturas apenas para residentes, mas a medida acabou por não resultar, e até ser criado um parque de estacionamento.

No entanto, o historiador não tem dúvidas de que essa medida deve voltar a ser discutida.

Para a Fortaleza de Valença ganhar uma nova vida habitacional, Pereira de Castro realça a necessidade de serem criadas condições para motivar o regresso das pessoas, nomeadamente dos mais jovens.

Incentivos, mais segurança através de maior iluminação e de patrulha policial, e o regresso de alguns serviços públicos essenciais, ou facilitar a deslocação das pessoas à periferia.

Os serviços públicos que ainda se mantém na Fortaleza de Valença resumem-se actualmente à câmara municipal, finanças, e tribunal.

A zona amuralhada funciona de dia como centro comercial ao ar livre. Comércios e cafés encerram por volta das 19 horas e, depois dessa hora, a Fortaleza fica deserta.

Recorde-se que a Câmara de Valença está, desde 2004, a investir na requalificação da Fortaleza, com vista a tornar a zona intramuralhas mais atrativa e fazer dela Património da Humanidade reconhecido pela UNESCO.

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