Objeto de trabalhos e escavação arqueológica entre 1997 e 1998, e de uma primeira abordagem para classificação junto da Direção-Geral da Cultura de Norte arquivada, o novo executivo de Paredes de Coura decidiu reabrir o processo de classificação do Povoado Fortificado de Cossourado ou Forte da Cidade a Monumento de Interesse Público.
Á RVM, o autarca sublinha um património “de extrema importância para o concelho”, em termos turísticos e arqueológicos.
Vítor Pereira explica que uma equipa de técnicos está a trabalhar de uma forma “mais continuada” para responder às directivas impostas pela lei e conseguir esse objetivo.
O Fortificado de Cossourado é um povoado da Idade do Ferro, denominado de castro, implantado num local com boa visibilidade e condições de defesa.
Consiste em construções habitacionais, de serviços e de defesa edificados por sociedades de características agropastoris, mas também economicamente dependentes da exploração de recursos naturais.
Vítor Pereira destaca as vantagens deste processo para a integração nos roteiros turísticos e de património a nível nacional.
Os diversos trabalhos arqueológicos permitiram compreender e preservar este espaço histórico, concluindo-se que o castro seria circundado por duas linhas de muralhas, estando as habitações dispostas ao redor de um torreão de pedra e terra.
Diversas valências foram descobertas, incluindo habitações, locais de armazenamento, de guarda de animais e produtos, levando a crer que seria uma povoação socialmente estratificada, com uma economia baseada essencialmente na recolecção, na agricultura e na pastorícia.
Conhecido também por Cividade de Cossourado, este antigo Castro estende-se por uma área construída de cerca de dez hectares, tendo sido habitado por um curto período de tempo, entre os séculos V e II a.C., e provavelmente abandonado pouco antes da ocupação Romana do território.
As plantas das construções são de tipo circular, oval ou rectangular de cantos arredondados, de maior dimensão.
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