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Estudo: Valença e Coura vão fechar 2020 com desemprego superior à media nacional

1 Outubro, 2020 - 10:38

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PUB Valença e Paredes de Coura deverão fechar 2020 com uma taxa de desemprego na ordem dos 14%. Valores que estarão acima da média nacional – 11%. É a previsão […]

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Valença e Paredes de Coura deverão fechar 2020 com uma taxa de desemprego na ordem dos 14%. Valores que estarão acima da média nacional – 11%. É a previsão do projeto intitulado dashboard COVID-19 Insights, realizado pela NOVA Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a COTEC Portugal.

Trata-se de um conjunto de previsões mensais para a taxa de desemprego em Portugal. Estas previsões encontram-se desagregadas por Regiões (NUTS II) e por Concelhos.

“É de destacar o carácter inovador desta investigação, na medida em que esta é a primeira vez que se constroem previsões mensais para a taxa de desemprego para todos os concelhos de Portugal continental”, nota Pedro Simões Coelho, professor catedrático da NOVA IMS e um dos coordenadores do projeto.

“Este modelo de previsão do desemprego permite alargar o dashboard COVID-19 Insights passando a incluir variáveis económicas e sociais”, afirma Jorge Portugal, Director-Geral da COTEC Portugal.

 

Melgaço será o campeão do desemprego mais baixo

 

Vila Nova de Cerveira e Caminha são os concelhos que se seguem com previsões de fechar 2020 com taxa de desemprego mais elevada – 10 e 9%, respetivamente. Ainda de acordo com este estudo, Monção encerrará o ano com valores a rondar os 8,6%.

Melgaço será o campeão do Vale do Minho nesta área. As previsões apontam para que este concelho termine 2020 com uma taxa de desemprego nos 6%. Está, aliás, ao lado de outros municípios que deverão terminar o ano com os números mais baixo do país: Oleiros, Mêda e Ferreira do Zêzere, bem abaixo da média nacional.

Este modelo econométrico desenvolvido pela NOVA IMS assenta no pressuposto de que não ocorrerão medidas de lockdown universais na atividade económica portuguesa, pois esta é a hipótese tida enquanto mais provável pelos seus especialistas. “Naturalmente, o modelo será reajustado caso este pressuposto se venha a verificar inverosímil e se verifique um novo confinamento”, esclarecem os autores.

De modo a garantir a fiabilidade das previsões produzidas, o modelo proposto pela NOVA IMS será atualizado mensalmente, com recurso a instrumentos de aprendizagem automática conjugados com as melhores técnicas de recolha, processamento e organização de dados em tempo real.

A obtenção de uma granularidade como aquela que este exercício demonstra só é possível aliando técnicas de machine learning à econometria tradicional. Donde, se o modelo econométrico permitiu prever a taxa de desemprego até ao final do ano de 2020, foi através do recurso a algoritmos de machine learning que se alcançou a desagregação das previsões da taxa de desemprego por Região (NUTS II) e por Concelho.

Destaque para as Regiões do Algarve, Lisboa e do Norte, onde a tendência negativa no emprego deverá ser mais evidente, atingindo mesmo a fasquia dos 11,4% na região do Algarve. Lisboa e Norte deverão chegar aos 10,7% e 10,4%, respetivamente.  Em contrapartida, no Alentejo e na Região Centro a taxa de desemprego não deverá ultrapassar a barreira dos 10%, sempre abaixo da média nacional mas ainda assim um valor muito elevado face à realidade anterior.

Entre os 278 concelhos de Portugal continental, 11 deverão encerrar 2020 com uma taxa de desemprego superior a 20% – cinco dos quais situados na região do Alentejo – Albufeira, Mourão, Moura, Sines, Murça, Monforte, Lamego, Moimenta da Beira, Barreiro, Barrancos e Moita.

 

[Fotografia: DR]

 

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