O secretário de Estado dos Transportes disse hoje que até ao final de junho o Governo elaborará um diagnóstico sobre os primeiros seis meses de portagens nas antigas SCUT e que, após essa avaliação, serão tomadas novas decisões.
O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, explicou que o diagnóstico avalia o impacto da introdução de portagens na atividade económica, apura a necessidade de reforçar a manutenção e reparação das estradas secundárias, o aumento da sinistralidade e a forma de recuperar o tráfego para as melhores vias.
“Todos estes fatores estão em avaliação e espero que até final de junho o Governo possa apresentar algumas novidades nesta matéria”, afirmou, escusando-se a adiantar que tipo de medidas poderão vir a ser anunciadas.
“Apurados os dados dos primeiros seis meses, [o Governo] fará um diagnóstico e decidirá. É isso que estamos a fazer e até ao final do mês comunicaremos as decisões”, reiterou.
O governante falava à Lusa à margem de uma cerimónia de entrega de prémios de acessibilidade pelo Instituto de Mobilidade de Transportes Terrestres.
Relativamente à perda de tráfego nas antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador), Sérgio Monteiro considerou que aconteceu o que se previa.
“O Governo previa uma queda média de 40 por cento no tráfego nas ex-scut. Nós temos estradas que, pela ausência de alternativa, têm uma queda inferior à média de 40 por cento e há outras que têm uma queda superior”, constatou.
Na antiga IP5, transformada em A25, a quebra foi de “16 por cento”, disse o secretário de Estado.
As portagens nas antigas SCUT do Algarve (A22), da Beira Interior (A23), do Interior Norte (A24) e da Beira Litoral/Beira Alta (A25) entraram em vigor a 8 de dezembro, após contestação dos utentes.
Em outubro de 2010, começaram a ser cobradas as ex-SCUT Norte Litoral, Costa de Prata e Grande Porto.
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