Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) não deverão conseguir cumprir os prazos acordados para a entrega de dois navios asfalteiros à Venezuela caso o processo de reprivatização não seja retomado em breve. Em causa está um pedido de esclarecimento da Comissão Europeia sobre alegadas ajudas de Estado à empresa, que travou a venda – o Governo previa a sua conclusão no final do ano passado.
“Existirá sempre impacto dado que, nomeadamente, estão a decorrer prazos de satisfação de encomendas pelos ENVC, que não poderão deixar de ser afectados. É o caso, por exemplo, da construção dos navios asfalteiros”, admitiu Manuel Barrocas, advogado da Rio Nave, concorrente à reprivatização dos Estaleiros de Viana, em resposta ao Diário Económico.
Além do grupo brasileiro, também os russos da RSI Trading estão na corrida à compra de 95% do capital dos Estaleiros de Viana – os restantes 5% serão distribuídos pelos trabalhadores. Enquanto a Rio Nave quer apostar na reparação a RSI Trading garante que, em três anos, a unidade industrial voltará a resultados positivos. Contudo, enquanto não terminar a investigação de Bruxelas, o processo não avança.
Os ENVC comprometeram-se a entregar dois navios asfalteiros à Venezuela em 2014, o primeiro em Fevereiro ou Março e o segundo em Agosto. Este calendário já resulta de uma renegociação dos prazos pela actual administração da Empordef. O calendário inicial previa que o primeiro fosse entregue em Dezembro deste ano.
Comentários: 0
0
0