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Viana do Castelo

Estaleiros de Viana tenta encaixe com leilão de 1696 toneladas de aço e 190 quilómetros de cabos

13 Fevereiro, 2012 - 08:19

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Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão tentar vender, em leilão, 1696 toneladas de aço e 190 quilómetros de cabos, garantindo assim algum encaixe financeiro para a empresa, explicou à Lusa fonte ligada ao processo.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão tentar vender, em leilão, 1696 toneladas de aço e 190 quilómetros de cabos, garantindo assim algum encaixe financeiro para a empresa, explicou à Lusa fonte ligada ao processo.

Em causa estão quatro lotes que variam entre as 187 e 669 toneladas de aço, em leilão até às 16:00 de segunda-feira, data limite para a entrega das propostas que serão abertas no dia seguinte, pelas 10:00.

“O material que vai a leilão é aço sem utilização para as encomendas existentes. Tratam-se, portanto, de lotes de sobras e de aço muito deteriorado”, disse a fonte da administração dos estaleiros.

Na terça-feira os concorrentes “serão convidados a melhorar as suas ofertas, lote a lote”, explica a empresa, sem querer apontar uma estimativa para o encaixe financeiro.

“Existe um valor indicativo, baseado no valor de referência do stock e do valor de mercado atual. Não vamos contudo revelar esse valor antes de se realizar o leilão”, acrescentou a administração.

Nas mesmas circunstâncias decorre o segundo leilão para a venda de 190 quilómetros de cabos elétricos, depois de a administração dos ENVC ter decidido, no final de dezembro, não realizar o negócio com uma empresa do sucateiro Manuel Godinho.

Este material envolve várias dezenas de tipologias de cabos, sobretudo em cobre, num peso total avaliado em 71 toneladas.

Tratam-se de cabos elétricos sobrantes de várias construções, nos últimos dez anos, e outros que entretanto deixaram de estar homologados.

No leilão anterior, realizado a 23 de dezembro na empresa, ao fim de quatro lances, a Raplus Soluções Ambientais melhorou a proposta inicial, chegando aos 2420 euros por cada tonelada.

A empresa em que Manuel Godinho elevou para 171.820 euros a proposta total, contra a de um empresário do Fundão, de 170.400 euros.

A decisão de “não vender” nestas condições, explicou a administração, prendeu-se com o facto de “o valor da proposta mais elevada ser muito aquém do valor de mercado do material leiloado e muito afastado do valor registado em stock”.

“Após análise de toda a informação constante das peças do processo de leilão de cabos elétricos e em particular o relatório final do júri, o Conselho de Administração da ENVC deliberou por unanimidade não proceder à adjudicação do material leiloado”, acrescentou a mesma fonte.

Além do passivo acumulado, que já ultrapassa os 270 milhões de euros, e dos prejuízos dos últimos anos, os ENVC enfrentam ainda problemas de tesouraria, não tendo liquidez para pagar salários ou encomendar matéria-prima para as construções em curso.

A empresa estabelece que o material leiloado “só poderá ser levantado das instalações” depois de “totalmente pago”, num prazo máximo de cinco dias após a adjudicação.

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