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Alto Minho

Estaleiros de Viana: Presidente da Atlânticoline rejeitou pedido para ir ao Parlamento

20 Março, 2012 - 08:17

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O presidente da Atlânticoline, Carlos Reis, rejeitou o pedido para prestar declarações na Comissão Parlamentar de Defesa, sobre a possibilidade de utilização do ‘ferry’ “Atlântida” no arquipélago, lembrando que a empresa de Viana ainda é “devedora” aos Açores.

O presidente da Atlânticoline, Carlos Reis, rejeitou o pedido para prestar declarações na Comissão Parlamentar de Defesa, sobre a possibilidade de utilização do ‘ferry’ “Atlântida” no arquipélago, lembrando que a empresa de Viana ainda é “devedora” aos Açores.

O pedido para que Carlos Reis fosse ouvido naquela comissão foi aprovado a 14 de fevereiro e visava permitir que o presidente da empresa pública dos Açores prestasse “esclarecimentos complementares” sobre a encomenda aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e posterior rejeição dos ferries “Atlântida”, já concluído, e “Anticiclone, em blocos.

Além disso, os deputados queriam “avaliar” a possibilidade de uma “utilização futura dos referidos navios nos Açores, em moldes a acordar”, numa altura em que este negócio representa um prejuízo superior a 70 milhões de euros para a empresa de Viana.

A resposta do presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline, empresa responsável pelas ligações marítimas no arquipélago, chegou esta segunda-feira a Lisboa.

“Julgo, porém, que, quer numa temática, quer noutra, o meu testemunho revelar-se-á supérfluo e desnecessário, servindo apenas para gastar tempo e, por conseguinte recursos, a essa comissão”, escreveu Carlos Reis, na resposta enviada à Assembleia da República e à qual a Agência Lusa teve acesso.

Sobre a resolução dos contratos lembra que os ENVC têm “numerosa documentação de natureza diversa”, relativamente ao processo, e acrescenta que o pedido dos deputados aborda “questões que não aquela que existe entre a Atlânticoline e os ENVC” pelo que “resta-me agradecê-lo e decliná-lo”.

Recorda ainda que entre as duas empresas públicas não existem relações comerciais. “A relação que neste momento existe é entre um credor – Atlânticoline -, e um devedor – ENVC – relativa ao pagamento, pela segunda à primeira do montante de sete milhões de euros, mais juros de mora”, lê-se, numa alusão ao acordo de 23 de dezembro de 2009, por sentença do Tribunal Arbitral, da resolução dos contratos para a construção daqueles dois navios.

“Da parte da Atlânticoline, tudo temos feito para tratar com respeito e o cuidado que delicada situação dos ENVC aconselha”, sublinha Carlos Reis.

Contactado pela Agência Lusa, o deputado do PSD que integra a Comissão Parlamentar de Defesa e que solicitou a presença deste responsável da Atlânticoline em Lisboa já lamentou a decisão.

“É lastimável esta posição, bem demonstrativa da situação para a qual atiraram aos ENVC, porque nem estão disponíveis para ir à Casa da Democracia”, sublinhou Eduardo Teixeira.

O deputado voltou a apelar aos dirigentes socialistas para que “intercedam junto do Governo dos Açores” para uma “reflexão” sobre a importância do assunto para o futuro do maior estaleiro naval português, que se prepara para entrar em processo de privatização.

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