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Paredes de Coura

Especial EXPO’98/20 anos: Um baixista que era professor de História e que não suportava filas

4 Abril, 2018 - 10:02

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No ano em que se assinalam os 20 anos após a EXPO’ 98, a Rádio Vale do Minho falou com diversos rostos familiares à generalidade das gentes do Vale do […]

No ano em que se assinalam os 20 anos após a EXPO’ 98, a Rádio Vale do Minho falou com diversos rostos familiares à generalidade das gentes do Vale do Minho. Onde estariam eles em 1998? É isso que vamos contar-lhe nas próximas semanas… com algumas histórias curiosas à mistura. Garantido.

 

O Festival de Paredes de Coura caminhava a passos largos para a 6ª edição. Começava a agigantar-se entre os demais. O jovem baixista Vítor Paulo Pereira, que tinha tocado nas primeiras edições com a sua banda – os Boucabaca – já deixara os palcos há três anos. O evento ganhava contornos cada vez mais sérios. Conquistava o país e o mundo.

Professor de História no ensino secundário, Vítor Paulo Pereira andava num corre-corre nesse Verão de 1998. Pertencia à equipa organizadora do festival e teve muitas vezes de deslocar-se a Lisboa para tratar de assuntos relacionados com o evento. Só que nesse ano a capital estava diferente. Era o ano da EXPO. “Lembro-me de ter visitado alguns pavilhões mas sinceramente não foram muitos. Muitas vezes até preferia estar sentado no exterior do que ir para as filas e esperar meia hora só para ver um pavilhão”, contou o atual presidente da Câmara de Paredes de Coura à Rádio Vale do Minho com uma gargalhada à mistura.

Pela exposição realizada em Lisboa passaram 11 milhões de visitantes. Entre eles, o jovem Vítor Paulo que, avesso a filas, caminhou pelo Parque das Nações a contemplar todo aquele acontecimento único. “Gostei muito, sobretudo do projeto que a EXPO representou. De início muitos não acreditavam. Pensavam que era impossível e a EXPO trouxe uma nova vida à cidade de Lisboa”, continuou o edil courense.

Inevitavelmente, Vítor Paulo Pereira não deixou de apontar o grande exemplo que o país continua a dar ao manter viva a zona da EXPO. O presidente da Câmara, à semelhança de outros autarcas que já passaram por esta rubrica, referiu a cidade de Sevilha, cujas instalações da EXPO’ 92 foram deixadas ao abandono após a realização desta mostra. No entanto, Vítor Paulo Pereira salientou um enorme trunfo pensado aquando a construção de todo o espaço onde iria decorrer a exposição mundial de Lisboa. “No início, o projeto da EXPO foi muito criticado porque tinha também associado um projeto de imobiliário. O facto é que não se pode reabilitar o espaço de uma exposição se depois não estiverem lá as pessoas. Nós conseguimos fazer isso com sucesso”, reparou Vítor Paulo Pereira.

A EXPO’ 98 realizou-se em Lisboa entre 22 maio e 30 de setembro de 1998. Subordinada ao tema Os Oceanos, teve como objetivo principal celebrar os 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.

 

O projeto imobiliário que acompanhou a construção da EXPO foi, para Vítor Paulo Pereira, o grande trunfo do evento

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