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Alto Minho

Espanhóis desesperam com portagens nas SCUT

26 Outubro, 2010 - 08:16

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Dez dias depois da introdução de portagens nas antigas SCUT, várias são as dúvidas que continuam a ser levantadas pelos automobilistas.

Dez dias depois da introdução de portagens nas antigas SCUT, várias são as dúvidas que continuam a ser levantadas pelos automobilistas. Em particular, os do país vizinho, que apontam o dedo à forma de pagamento. Menezes fala em deslocalização de empresas.
Vários são os automobilistas do país vizinho que continuam a circular nas ex-SCUT sem o dispositivo electrónico de matrícula. Afiançam que tentam obtê-lo mas que tal não se apresenta como tarefa fácil. Outros adiantam mesmo que não virão a gastar (em 90 dias) o montante exigido, valor esse que, para um veículo pesado, se traduz no pagamento, adiantado, de 127 euros.
"O dispositivo foi solicitado pela empresa para a qual trabalho três ou quatro dias antes da introdução das portagens, mas o certo é que ainda não o tenho", confidenciava, ontem à tarde, na estação de serviço de Neiva da A28, Óscar Coello, camionista natural da Corunha, na Galiza, dando conta que não seria o único naquela situação. Gines Zaballa, que partira, ontem, ao volante de um camião de Ferrol com destino à Figueira da Foz, elevaria o tom: "Já tentámos saber (dos dispositivos) mas estavam esgotados.
Trazemos mercadorias que não podem esperar. Isto não pode ser assim. Vamos aqui com o coração na boca porque não temos esses aparelhos, arriscados a ser multados".
Na área de restauração da estação de serviço, Jacinto Patrício, que há muito labora em empresa espanhola de ferramentas, preenchia uma queixa, para, se necessário fosse, mostrá-la "à polícia": "Já fui a uma pay-shop, mas não aceitam o pós-pagamento para veículos de matrícula estrangeira (como a que conduz). Exigem-me 50 euros adiantados mas, pelas minhas contas, nem 10 devo gastar. Isto é muito complicado".
O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia e ex-líder do PSD, Luís Filipe Menezes alertou, ontem, para o facto de haver empresários "a falar em deslocalizarem-se para a Galiza", devido à diminuição de facturação resultante da introdução de portagens nas três ex-SCUT do Norte.
Para Menezes, é "um absurdo" que um espanhol que queira fazer compras em Portugal "tenha de comprar um aparelho", considerando "absolutamente indispensável" pensar-se numa solução que "minimize este efeito nas actividades económicas".

FONTE: JN

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