As autoridades sanitárias espanholas estão a finalizar um plano para passar a tratar a covid-19 como uma gripe comum, avançou o jornal espanhol El País.
O novo esquema pretende substituir a contagem caso a caso, e os testes ao mais pequeno sintoma, por uma rede “sentinela”. Os espanhóis pretendem, desta forma, olhar para a COVID-19 como mais uma doença respiratória.
De acordo com aquele jornal, tudo vai processar-se através de um plano que as as autoridades de saúde espanholas levam meses a desenvolver, e que estará a entrar nos detalhes finais. O objetivo é abandonar gradualmente a vigilância universal da COVID-19, substituindo-a com um sistema de “sentinelas”, tal como já acontece, há anos, com a gripe.
Isto significa que, em vez de reportar cada caso positivo de COVID-19 – o que se torna cada vez mais difícil, com a multiplicação exponencial do número de novos casos diários – os espanhóis pretendem formar um grupo de médicos de atenção primária, ou centros de saúde, em combinação com hospitais, que servirá como “testemunhas” do avanço da COVID-19.
Assim, as autoridades sanitárias procuram criar uma amostra estatisticamente significativa, distribuída em pontos-chave, com a qual se torna possível calcular a forma como a doença se está a espalhar, sem ter de recorrer a uma contagem exaustiva dos casos positivos.
Espanha contabiliza cerca de 90 mil mortes associadas à COVID-19, desde o início da pandemia.
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