Promovendo um envelhecimento ativo, a Unisénior de Vila Nova de Cerveira está a organizar uma conferência, para o dia 3 de fevereiro, no auditório da Biblioteca Municipal, com a participação especial do Professor Daniel Serrão, sobre ‘Histórias e memórias de vida’.
O presidente desta coletividade explica que o objetivo passa por manter uma dinâmica constante, criando parcerias diversas ao nível concelhio.
Para além da realização de três a quatro conferências por ano, a Unisénior promove também tertúlias mensais, entre outras atividades.
Manuel Marques mostra-se satisfeito com a realização destes encontros, tendo apenas um lamento a fazer: a falta de interesse e de participação dos jovens nestas iniciativas.
O dirigente quer, por isso, romper com “este muro da vergonha”, e incentivar e sensibilizar os estudantes para o papel da Unisénior.
A Unisénior de Cerveira foi constituída em Outubro de 2005, muito antes da RUTIS: atualmente tem 70 inscritos para as mais variadas disciplinas, desde ginástica e ioga, a inglês, música, entre outras.
Esta conferência dom o Professor Daniel serrão está agendada para 3 de fevereiro, pelas 14h30, na Biblioteca Municipal, sob a orientação das psicólogas Cláudia Cunha e Paula Azevedo.
Daniel Serrão completou, em 1951, o Curso de Medicina, com média final de 17 valores. Doutorou-se em 1959, com 19 valores. Concorreu em 1961 a Professor extraordinário de Anatomia Patológica e foi aprovado por unanimidade. De Outubro de 1967 a Novembro de 1969, esteve mobilizado, em Luanda, prestando serviço no Hospital Militar como anátomo-patologista.
Concorreu a Professor Catedrático em 1971 sendo aprovado por unanimidade, assumindo a direção do Serviço Académico e Hospitalar de Anatomia Patológica.
De 24 de Junho de 1975 até 30 de Junho de 1976 esteve demitido de todas as suas funções em consequência de um saneamento selvagem, que foi anulado por decisão do Conselho da Revolução, tendo-lhe sido pagos os vencimentos dos doze meses durante os quais foi impedido de exercer as suas funções académicas e hospitalares.
Montou e dirigiu um Laboratório privado de Anatomia Patológica que, de Julho de 1975 até Dezembro de 2002, realizou um milhão e seiscentos mil exames histológicos e citológicos para hospitais públicos e para clientes privados.
Foi jubilado em 1 de Março de 1998.
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