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Alto Minho

ENVC: Trabalhadores pedem manutenção dos postos de trabalho na reprivatização da empresa

8 Agosto, 2012 - 08:15

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Os trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo reiteraram, junto do secretário de Estado da Defesa, a necessidade do caderno de encargos da reprivatização da empresa “assegurar” os 630 postos de trabalho atuais.

Os trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo reiteraram, junto do secretário de Estado da Defesa, a necessidade do caderno de encargos da reprivatização da empresa “assegurar” os 630 postos de trabalho atuais.

Representantes da Comissão de Trabalhadores (CT) dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) reuniram terça-feira, em Lisboa, com o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, e voltaram a insistir na defesa dos postos de trabalho e dos interesses da empresa.

“Foi uma reunião produtiva, voltámos a defender as nossas prioridades neste caderno de encargos, que ainda não está concluído, pelo que nos foi dito. Até termos certezas continuamos apreensivos, porque são os nossos postos de trabalho que estão em causa”, explicou António Costa, coordenador da CT da empresa.

Este encontro decorreu no Ministério da Defesa e foi solicitado pela nova CT dos estaleiros para “fazer um ponto de situação” da aprovada reprivatização dos ENVC.

“O senhor secretário de Estado está muito otimista e garantiu-nos que tudo está a correr dentro do previsto. Da nossa parte, procuramos sensibilizar para a necessidade de manter os postos de trabalho, e defender os interesses dos estaleiros e da construção naval nacional neste processo”, acrescentou António Costa.

Recorde-se que o Governo, em conselho de ministros realizado a 12 de julho, aprovou a reprivatização dos ENVC, tendo anunciado, na mesma altura, que foram recebidas “dezenas de contactos” sobre o processo, existindo sete interessados, nacionais e internacionais.

Este processo deverá estar concluído até outubro, estando a decorrer a elaboração do caderno de encargos do concurso internacional a lançar para a alienação da totalidade do capital social da empresa.

“Parece haver confiança neste processo, mas os nossos postos de trabalho não se fazem de palavras. Estamos expectantes”, admitiu ainda António Costa, que assumiu funções na coordenação da CT precisamente no dia seguinte à aprovação da reprivatização dos ENVC.

Fundada a 04 de junho 1944, no âmbito do programa do Governo para a modernização da frota de pesca do largo, a empresa começou na forma de uma sociedade por cotas de responsabilidade limitada, com o capital social de 750 contos.

Acabou por construir mais de 200 navios e chegou a empregar perto de 2.000 trabalhadores.

Hoje restam cerca de 630 trabalhadores e 300 saíram nos últimos cinco anos.

O passivo acumulado da empresa, que ultrapassa já os 260 milhões de euros, é um dos aspetos mais delicados a definir neste processo de reprivatização.

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