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Viana do Castelo

ENVC: Trabalhadores levam protesto à residência do primeiro-ministro

21 Março, 2013 - 15:01

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) anunciaram hoje um protesto na terça-feira, à porta da residência oficial do primeiro-ministro, contra a indefinição sobre o futuro da empresa, em processo de reprivatização.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) anunciaram hoje um protesto na terça-feira, à porta da residência oficial do primeiro-ministro, contra a indefinição sobre o futuro da empresa, em processo de reprivatização.

A partida de Viana do Castelo está agendada para as 07:45 de terça-feira e a concentração será feita no Parque Eduardo VII, em Lisboa, com os trabalhadores a desfilarem junto à sede da Empordef, holding pública que controla os ENVC.

“Em seguida vamos até à porta do Palácio de São Bento em protesto e para ver se o senhor primeiro-ministro nos diz alguma coisa sobre o futuro dos estaleiros”, explicou António Costa, porta-voz da comissão de trabalhadores.

Os pormenores da manifestação, acrescentou, serão definidos durante a tarde de hoje, em reunião geral de trabalhadores, a realizar nas instalações da empresa a partir das 15:30.

O último protesto promovido pelos trabalhadores dos ENVC em Lisboa aconteceu a 02 de setembro de 2011.

“A mobilização que temos nesta altura é ainda maior e todos os mais de 600 trabalhadores estão na disponibilidade de ir a Lisboa para defender a empresa e do seu futuro”, garantiu António Costa.

Em fevereiro, na última manifestação em defesa dos estaleiros, que reuniu mais de mil pessoas nas ruas de Viana do Castelo, os trabalhadores já tinham afirmado que esperavam por uma solução até ao final do mês de março.

“Se o senhor primeiro-ministro ou senhor ministro da Defesa não tiverem disponibilidade para finalmente visitarem a nossa empresa ou anunciarem uma solução, os trabalhadores estão prontos para ir para Lisboa, lutar pela empresa até à exaustão”, advertiu, na altura, António Costa.

A última fase do processo de reprivatização dos estaleiros terminou em novembro com a apresentação das propostas vinculativas de compra. Foram admitidas, na altura, propostas dos russos da RSI Trading e dos brasileiros da Rio Nave, ambas salvaguardando a totalidade dos 630 postos de trabalho da empresa pública.

Contudo, a venda da empresa está suspensa desde dezembro devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao Governo português, por dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC de 180 milhões de euros.

O ministro da Defesa já admitiu que esta investigação “inquina de forma dramática” o processo de reprivatização.

Formalmente, o grupo russo é o único ainda na corrida aos ENVC, com uma proposta formal cuja validada foi estendida até maio, mas o presidente da Rio Nave já garantiu à Lusa que aquela empresa continua interessada no negócio.

“A nossa posição é de continuidade no concurso, a menos que o Governo diga que está suspenso, decorrente das regras da Comunidade Europeia. Mas, oficialmente, não temos uma palavra sobre o tema”, afirmou Mauro Campos.

Apesar do interesse nos ENVC, admite que a Rio Nave “não estendeu” o prazo da validade da proposta vinculativa de compra – que terminou no início de fevereiro -, ao contrário do que foi feito pelos russos da RSI Trading, exatamente porque aguardava “esclarecimentos” sobre o processo.

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