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Viana do Castelo

ENVC: PCP quer chamar administrador demissionário da Empordef ao Parlamento

5 Março, 2012 - 14:27

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O PCP afirmou hoje que os motivos para a demissão de um administrador da Empordef colocam “em cheque” a estratégia para o futuro dos estaleiros de Viana e quer chamar o executivo demissionário ao Parlamento.

O PCP afirmou hoje que os motivos para a demissão de um administrador da Empordef colocam “em cheque” a estratégia para o futuro dos estaleiros de Viana e quer chamar o executivo demissionário ao Parlamento.

“As razões para esta demissão colocam mais uma vez em cheque o trabalho que estará, ou não, a ser desenvolvido para assegurar a defesa desta empresa industrial estratégica na área da construção naval em Portugal”, afirma a estrutura de Viana do Castelo do PCP, em comunicado.

Em causa está a demissão de Luís Miguel Novais, um dos três administradores executivos da Empordef, que alegou “inércia” na tomada de decisões por parte do Ministério da Defesa, e da própria holding, sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

“As razões vindas a público colocam de novo em questão a estratégia das Administrações dos ENVC, da Empordef e do Governo para que os ENVC respondam às encomendas e contratos que estabeleceram com parceiros nacionais e internacionais e que poderiam garantir a esta empresa três anos de trabalho com utilização plena da sua capacidade”, acrescenta o PCP.

Em comunicado, o partido garante que o grupo parlamentar comunista vai requerer a audição parlamentar de Luís Miguel Novais, além do presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Jorge Camões, e do líder da Empordef, Vicente Ferreira.

“Consideramos que já é tempo de se tomarem as decisões necessárias para a viabilização dos ENVC enquanto empresa pública e estratégica para o desenvolvimento da região, bem como da indústria naval nacional”, concluiu o partido.

Em causa está a demissão de Luís Miguel Novais das funções de administrador executivo da Empordef devido, afirmou à Lusa, à “inércia” da administração daquela holding em tomar decisões sobre o futuro e a gestão dos ENVC.

“Há decisões de gestão que têm de ser tomadas, independentemente da decisão final do Governo sobre a empresa. Esta inércia a que estamos a assistir desde novembro está a levar a um esgotamento dos estaleiros”, afirmou.

Para Novais, “esta administração foi muito coesa até à elaboração de uma solução para os estaleiros, que foi apresentada a 31 de outubro ao Governo”.

“Depois disso, os meus colegas alinharam numa perspetiva de não autonomia face a quem nos nomeou, enquanto eu entendo que devemos assumir o mandato e decidir. Por isso, fiquei em minoria”, explicou.

Acrescenta que a solução para os estaleiros de Viana “está a deslizar no tempo” e que o período de avaliação “acabou em novembro”, faltando agora decisões, antes de tudo de gestão corrente.

“Penso que já estamos fora de prazo para decidir e sobretudo para executar. O Governo tem os seus tempos, mas nós, gestores públicos, somos pagos para tomar decisões. Quando não as tomamos, mais vale não estar a gastar o salário ao Estado. Por isso, fui-me embora”, disse ainda.

Numa nota enviada à Agência Lusa, o presidente da Empordef, Vicente Ferreira, disse que esta demissão se deve a “uma visão diferente” em relação “à solução preconizada” para os ENVC.

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