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ENVC: Empordef está a analisar concurso dos Açores para fretar navios por 16,4 ME entre 2013 e 2014

10 Agosto, 2012 - 14:30

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A Empordef está a “analisar” o concurso lançado pela Atlânticoline para fretar, por 16,4 milhões de euros, dois navios de passageiros para operação nos Açores, garantindo que assumirá uma posição sobre o mesmo.

A Empordef está a “analisar” o concurso lançado pela Atlânticoline para fretar, por 16,4 milhões de euros, dois navios de passageiros para operação nos Açores, garantindo que assumirá uma posição sobre o mesmo.

“É um concurso recente e a Empordef está a analisá-lo. Depois disso tomaremos certamente uma posição”, explicou hoje à agência Lusa fonte daquela holding pública, que detém a totalidade do capital social dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

A empresa concluiu em 2009 a construção do ferryboat “Atlântida”, avaliado em 50 milhões de euros, e apesar da rescisão do contrato, por decisão do Governo Regional dos Açores, a Empordef sempre admitiu que o destino do navio deveria ser aquele arquipélago.

Após rescindir o contrato com os ENVC por uma diferença de um nó na velocidade máxima do ferryboat, a Atlânticoline gastou 21 milhões de euros no fretamento de dois navios ao armador grego Hellenic Seaways para as ligações sazonais inter-ilhas, entre 2009 e 2012.

A 06 de agosto, a Atlânticoline lançou um concurso público internacional, de novo para o fretamento de dois navios para transporte de passageiros e viaturas, para as próximas operações, 2013 e 2014, com opção de prorrogação para 2015, por 16,4 milhões de euros.

O “Atlântida”, há um ano atracado na Base Naval do Alfeite, tem capacidade para 750 passageiros e 140 viaturas e uma velocidade máxima de 16 nós.

Já o concurso agora aberto determina que um dos navios deve ter uma velocidade mínima de 28 nós, enquanto a do outro navio deve ser de 19 nós. A lotação mínima exigida é de 600 passageiros e 120 viaturas.

Recorde-se que em fevereiro deste ano o presidente da Empordef, Vicente Ferreira, chegou a deslocar-se à Presidência da República para “pedir a mediação” de Cavaco Silva no processo, depois de classificar a rescisão do contrato como resultado de um processo “muito confuso”.

“A administração da Empordef não está convencida das circunstâncias, nem dos momentos, nem do suporte técnico que levou à decisão. É confuso, os relatórios são confusos, porque, é evidente, estas questões técnicas têm de se basear em certificações, e há entidades internacionais que as fazem”, disse ainda Vicente Ferreira, numa recente audição na Comissão Parlamentar de Defesa.

Acrescentou que os dois navios – o “Atlântida” está pronto e parado há três anos e o “Anticiclone” não passou do início de construção – estão avaliados no seu conjunto em 71 milhões de euros e que a não concretização deste é grandemente responsável pela “ruína” dos ENVC e eventualmente, a prazo, da própria “holding” de indústrias de defesa do Estado.

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