O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, questionou, esta quinta-feira, o porquê de o Governo ter apresentado a moção de confiança, chumbada pelos partidos, ao mesmo tempo que se perguntou quanto ao porquê desta decisão por parte da oposição.
“O tema central respeitou à confiança que o primeiro-ministro merecia para continuar a governar Portugal. […] Todos os esforços de entendimento, mesmo mínimos, revelaram-se impossíveis”, apontou, devido à “desconfiança” face ao primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Marcelo foi mais longe, tendo indicado que “não se pode, ao mesmo tempo, confiar e desconfiar ética e moralmente de uma pessoa, neste caso do primeiro-ministro e, portanto, do Governo”. “Não havia meio caminho”, complementou.
Marcelo reforçou que este será o terceiro sufrágio em quatro anos, que “ninguém esperava, nem queria”, tendo apelado a “um debate que dê força aos portugueses para controlarem os seus representantes e governantes”, mas também “que dê força à democracia e à sua capacidade de enfrentar e superar crises, não a ditadura”.
Recorde-se que o Governo presidido pela AD caiu depois do chumbo da moção de confiança, na terça-feira, na sequência da polémica centrada no património de Luís Montenegro, nomeadamente a empresa familiar Spinumviva.
[atualizada 20h43]
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