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Monção

É de Monção o médico que realizou primeiro implante de ‘pacemaker’ na área do ramo esquerdo

30 Janeiro, 2024 - 11:47

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Técnica inovadora.

Francisco Moscoso Costa, natural de Monção e considerado “um dos mais experientes” em Portugal na área da Eletrofisiologia, integrou a equipa que realizou, no passado dia 19 de janeiro, a primeira implantação de pacemaker na área do ramo esquerdo.

 

Aconteceu no Hospital de Braga, anunciou o Serviço de Cardiologia da Unidade Local de Saúde de Braga (ULS de Braga), que agrega o Hospital de Braga e os ACeS do Cávado I (Braga) e do Cávado II (Gerês/Cabreira).

 

O procedimento consistiu na implantação de um dispositivo semelhante ao convencional, com a particularidade de um dos elétrodos ficar implantado no músculo entre os dois ventrículos, no septo interventricular.

 

 

[Fotografia: Hospital de Braga]

 

 

“O objetivo é tentar alvejar o sistema elétrico intrínseco do utente, fazendo-se a condução elétrica através das fibras elétricas ainda saudáveis do utente”, refere Jorge Marques, Diretor do Serviço de Cardiologia da ULS de Braga.

 

A tecnologia possibilita, de forma artificial, a replicação da condução elétrica, que se faria através do sistema elétrico inteiramente saudável e é mais bem tolerada pelo utente, prevenindo a degradação da contração ventricular (insuficiência cardíaca), que, embora raramente, pode ocorrer com a estimulação convencional pelo pacemaker.

 

Francisco Moscoso Costa (terceiro a contar da esquerda), entre a equipa

[Fotografia: Hospital de Braga]

 

 

“Esta tecnologia tem ainda o potencial de melhorar e tratar alguns utentes com insuficiência cardíaca cujo mecanismo da doença é secundário a um atraso na condução elétrica entre os dois ventrículos, porque consegue corrigir esse atraso”, sustenta Sérgia Rocha, uma das Cardiologistas que realizou os primeiros procedimentos, juntamente com Adília Rebelo, também Cardiologista da ULS de Braga.

 

Alinhado com outros centros nacionais e internacionais, o processo de implementação da técnica decorrerá de forma gradual, podendo inclusivamente vir a ser adotada como técnica standard num futuro próximo, caso os resultados clínicos em populações alargadas venham a demonstrar um claro benefício.

 

 

[Fotografias capa: Francisco Moscoso Costa | Hospital de Braga]

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