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Caminha

Dragagens para tornar canal navegável no rio Minho arrancam na quarta

7 Novembro, 2011 - 14:22

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As dragagens do canal de navegação do ferry-boat entre Caminha e La Guardia vão começar na quarta-feira para se prolongarem até janeiro, disse hoje à Lusa o alcaide da localidade galega.

As dragagens do canal de navegação do ferry-boat entre Caminha e La Guardia vão começar na quarta-feira para se prolongarem até janeiro, disse hoje à Lusa o alcaide da localidade galega.

A operação vai decorrer durante 48 dias úteis, com a retirada diária de cerca de 800 metros cúbicos de dragados, segundo a autorização emitida pela Direção-Geral de Costas e Mar de Espanha, a 03 de novembro.

"A draga chegou hoje. Na terça-feira, a empresa começa a montar os equipamentos e, na quarta-feira, arrancam as dragagens, primeiro do lado de Caminha", explicou o alcaide José Manuel Freitas.

Estes trabalhos vão permitir ao ferry, que liga as duas localidades, "funcionar com normalidade durante o tempo necessário para se encontrar uma solução definitiva" para a ligação entre La Guardia e Caminha.

"Entretanto, é necessário encontrar uma solução definitiva para este problema. Para que não se chegue ao ponto, como agora, de indefinição sobre quem faz as dragagens ou quem as paga", explicou o alcaide.

A construção de uma nova ponte internacional sobre o rio Minho, que chegou a ser uma hipótese defendida dos dois lados da fronteira, é hoje vista como uma hipótese mais remota na Galiza.

"Vejo com muita dificuldade, até porque há uma ponte aqui perto [Vila Nova de Cerveira]. De qualquer forma, se nos apresentarem essa solução, não será o alcaide de La Guardia a estar contra", disse ainda, em declarações à Lusa.

Durante a operação de dragagem, que só deverá terminar em janeiro e que estará "dependente das condições climatéricas", serão retirados da foz do rio Minho cerca de 28 mil metros cúbicos de areia.

Do lado português, a presidente da Câmara de Caminha chegou a admitir parar o ferry a partir de 15 de setembro, por falta de condições do canal de navegação, devido ao assoreamento, resultante da não realização da respetiva dragagem.

Segundo Júlia Paula Costa, o assoreamento do canal impedia a circulação do ferry na maré baixa e por vezes também na maré alta, "porque a areia entra nas bombas e causa sistemáticas avarias".

Há cerca de três semanas o barco, gerido pela Câmara de Caminha, acabou mesmo por parar, devido a um problema no motor, que a autarquia justifica com o "esforço" que o assoreamento do canal provocava no equipamento.

A Câmara de Caminha lembra que a última resolução de 2009 assinada por entidades competentes dos dois países, que atribui a responsabilidade das dragagens a Espanha, ainda vigora, após vários anos em que a operação esteve a cargo do município português.

Acrescenta que esta situação, além de prejuízos financeiros e insegurança na ligação, causou nos últimos meses a "natural insatisfação" dos clientes, que se depararam com um horário que diz que há barco de meia em meia hora mas que têm de ficar em terra à espera que a maré encha.
FONTE: "Lusa"

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