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Alto Minho

Diocese avança com agregação de paróquias por falta de fiéis e de sacerdotes

20 Julho, 2012 - 15:34

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A diocese de Viana do Castelo vai avançar com a criação de Zonas Pastorais, agregando parte das 191 paróquias existentes, para combater a falta de fiéis e de sacerdotes, admitiu hoje o bispo Anacleto Oliveira.

A diocese de Viana do Castelo vai avançar com a criação de Zonas Pastorais, agregando parte das 191 paróquias existentes, para combater a falta de fiéis e de sacerdotes, admitiu hoje o bispo Anacleto Oliveira.

“Não tenho a intenção de extinguir nenhuma paróquia, não irei fazer aquilo que o Governo quer fazer com as freguesias. As paróquias manter-se-ão todas, serão é adaptadas às circunstâncias”, garantiu o bispo da diocese de Viana do Castelo.

Nesta diocese, que corresponde ao distrito de Viana do Castelo, existem 191 paróquias, distribuídas por dez arciprestados – um por cada concelho -, e cerca de 180 sacerdotes, em várias funções, com uma média etária de 58 anos.

“Uma paróquia que tem 49 habitantes, ainda por cima idosos, não garante, por exemplo, capacidades para ter catequese, muitas não têm crianças. Não têm gente suficiente para manter uma assembleia digna de uma celebração dominical da eucaristia”, explicou Anacleto Oliveira, assumindo tratar-se de uma decisão justificada “não só pela falta de padres”, mas sobretudo de fiéis.

O novo mapa da diocese prevê a agregação de pelo menos seis paróquias por cada Zona Pastoral, que será depois gerida por “dois ou três sacerdotes”, que “passam a fazer uma pastoral de conjunto”, distribuindo diferentes serviços entre cada antiga paróquia.

“Manterão as suas festas tradicionais e outras atividades, mas precisamos, de facto, de juntar. Iremos, aos poucos, fazer um trabalho de transição”, admitiu.

Segundo a diocese de Viana do Castelo, que abrange uma população de 245 mil habitantes, a agregação destas paróquias será feita com base em critérios de acessibilidade e continuidade geográfica do território, justificando-se pela desertificação, sobretudo nas freguesias do interior, além do envelhecimento dos sacerdotes.

Esta reorganização foi divulgada hoje pelo bispo Anacleto Oliveira numa conferência de imprensa que serviu para apresentar o programa do Ano da Fé na diocese de Viana do Castelo.

A abertura acontecerá a 14 de outubro com uma celebração a realizar na Sé Catedral, presidida pelo bispo, e outras nove na sede dos arciprestados, presididas pelos respetivos arciprestes.

Nesse domingo, em toda a diocese, só se realizarão dez missas e, para o encerramento, a 23 de novembro de 2013, está prevista uma assembleia aberta a toda a comunidade diocesana, presidida igualmente por Anacleto Oliveira.

A “promoção do diálogo” com “pessoas dedicadas à cultura e a outros setores da sociedade, como o do trabalho, das empresas ou do ensino”, além da criação de uma escola de Música Sacra e Litúrgica, outra de Espiritualidade e Oração e uma terceira dedicada aos Ministérios, sob alçada do Instituto Católico de Viana do Castelo, são outras das iniciativas do programa.

Estão ainda previstas ações de formação para sacerdotes e fiéis ao longo dos próximos meses.

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