As legislativas de domingo marcaram um novo recorde com a abstenção a atingir a taxa mais elevada de sempre, 41,1 por cento, em 35 anos de eleições para a Assembleia da República.
Um assunto que preocupa os deputados dos três partidos agora eleitos pelo Alto Minho. Em uníssono, o voto obrigatório deve ser encarado em última instância, uma vez que antes disso há todo um trabalho de sensibilização da população para exercerem o seu direito e dever de participar na vida política do país.
O número dois do PSD pelo distrito de Viana do Castelo, Eduardo Teixeira, refere que a abstenção é "um claro sinal de que as pessoas se alheiam do dever cívico pela forma como se fez política nos últimos anos".
Já Jorge Fão, do PS, diz que a elevada taxa de abstenção nacional é uma matéria preocupante e tem de ser resolvida em três vertentes. Para além do "desencanto" dos cidadãos em torno dos políticos e da "falta de responsabilidade e cidadania dos eleitores", o número dois do PS pelo distritro realça a necessidade de rever os cadernos eleitorais, cujos problemas resultam num peso de 10 por cento daquilo que é a abstenção normal.
Pelo CSD-PP, Abel Batista explica que as pessoas não pdoem ser obrigadas a participar, mas têm de ser consciencializadas para a responsabilidade de votar, e não remeter para os outros as decisões , para depois criticar.
Os recém-eleitos deputados pelo Alto Minho mostram-se preocupados com a elevada taxa de abstenção das legislativas de domingo, mas realçam que em democracia, o voto obrigatório só deve ser analiasado como última hipótese. A prioridade passa por sensibilizar os cidadãos para a responsabilidade de particpar na vida política.
Em Viana do Castelo, a abstenção chegou aos 48 por cento.
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