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Viana do Castelo

Deputados do PSD apresentaram resolução para manter exclusividade do vinho alvarinho

21 Março, 2014 - 18:51

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Proposta deu entrada esta quinta-feira no parlamento e recomenda ao Governo que “tome as diligências necessárias” para “manter a exclusividade” desta produção na sub-região de Monção e Melgaço.

Os três deputados do PSD eleitos por Viana do Castelo apresentaram na Assembleia da República um projecto de resolução para “manter a exclusividade” da produção de vinho alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço.
A proposta, à qual a Lusa teve hoje acesso, deu entrada esta quinta-feira no parlamento e recomenda ao Governo que “tome as diligências necessárias” junto das entidades públicas e privadas “com competências em matéria vitivinícola”, para “manter a exclusividade” desta produção na sub-região de Monção e Melgaço.
“Impedindo o eventual alargamento desta Denominação de Origem a outras sub-regiões de produção vinícola”, lê-se no texto deste projeto de resolução, assinado pelos deputados Carlos Abreu Amorim, Eduardo Teixeira e Rosa Arezes.
A intenção, referem os deputados do PSD, é “impossibilitar” esse “hipotético alargamento”, nomeadamente a outros concelhos da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV). Essa possibilidade tem vindo a merecer a preocupação, pública, de autarcas e produtores de Monção e Melgaço.
Os deputados “laranja” eleitos pelo Alto Minho recordam que a denominação “Vinho Verde”, no âmbito do estatuto da CVRVV, remonta a 1908, tendo vindo a afirmar-se “como um dos mais importantes e típicos vinhos portugueses”.
“Existem dentro da região demarcada várias sub-regiões e variadíssimos tipos de vinhos possíveis, pelas castas recomendadas e autorizadas conforme o estatuto”, acrescentam, a propósito da produção da casta Alvarinho exclusiva dos concelhos de Monção e Melgaço.
No texto desta proposta, os três deputados apontam a “proteção” que existe da “designação ‘Vinho Verde Alvarinho’, utilizada para os vinhos brancos da casta Alvarinho” em Monção e Melgaço.
Trata-se de uma sub-região em que esta casta garante “o sustento de mais de duas mil famílias”, entre os dois concelhos.
Para justificar esta proposta de recomendação ao Governo, os deputados explicam que “todos os produtores e a população” desta sub-região estão “muito preocupados com a possibilidade de alargamento da denominação exclusiva do Alvarinho a toda a Região dos Vinhos Verdes”.
Segundo números de 2013 da Associação de Produtores Alvarinho, a atividade reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária (Monção e Melgaço), onde são produzidos quatro milhões de quilogramas daquela uva, anualmente. A seleção “das melhores” dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de vinho alvarinho.
A exportação representa 10% do total das vendas anuais do vinho alvarinho, sobretudo para mercados da América do Norte e norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses, como a França.
Trata-se também da casta cuja uva “mais rende ao produtor”, com exceção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa, chegando a valer 1,10 euros por cada quilo. É por isso a “matéria-prima mais cara” do país, garantem os produtores.

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