PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Destaques
Vale do Minho

Crise: Pandemia faz disparar números do desemprego no Vale do Minho

20 Maio, 2020 - 13:50

274

0

PUB [atualizada 0h37 com retificação na percentagem de Paredes de Coura]   O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em abril disparou em todo o Vale do Minho […]

PUB
[atualizada 0h37 com retificação na percentagem de Paredes de Coura]

 

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em abril disparou em todo o Vale do Minho desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19). Esta região do Alto Minho, constituída pelos concelhos de Monção, Melgaço, Valença, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Caminha recuou a valores de 2017.

 

Paredes de Coura e Valença nos tempos do pós-troika

 

Paredes de Coura é, nesta altura, o caso mais grave. De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), foram registados neste concelho no passado mês de abril 421 inscritos. Foi um aumento de 133% [e não 233% como, por lapso, fora escrito].

No passado mês de abril foram registados 421 inscritos. Um aumento brutal de 133% relativamente a fevereiro deste ano, quando se verificavam apenas 180 inscritos. Para encontrar um valor semelhante neste concelho é necessário recuar até janeiro de 2015, tempos do pós-troika, em que existiam 464 inscritos.

Em Valença, o número de inscritos nos centros de emprego quase que duplicou. No passado mês de fevereiro eram 385. Em abril, esse número subiu para 638. À semelhança de Paredes de Coura, só é possível encontrar números semelhantes em abril de 2015, quando Valença apresentava 649 inscritos.

 

 

Monção em níveis de 2017

 

 

Subida significativa também em Monção. Em fevereiro, este concelho apresentava 320 inscritos nos centros de emprego. Com a passagem da pandemia COVID-19, esse número disparou para 455 no passado mês de abril. Apenas comparável ao mesmo mês, mas de 2017, quando o concelho apresentava então 416 inscritos.

Em Caminha o cenário não é diferente. Antes da chegada da pandemia, o concelho apresentava 304 inscritos. Dois meses depois, as cifras subiram para 429. É um número que só encontra semelhante no mês de abril de 2018, quando Caminha registava 442 inscritos nos centros de emprego.

 

 

Melgaço a safar-se

 

 

Vila Nova de Cerveira também sofre com este flagelo. Em fevereiro apresentava 178 inscritos nos centros de emprego. Após dois meses de COVID-19, esse número é agora de 289. Só encontra semelhante em fevereiro de 2017, quando a Vila das Artes apresentava 257 inscritos.

Melgaço é o concelho que menos padece com esta onda de desemprego que varre a região. Segue mesmo em contra-ciclo: em fevereiro, o concelho mostrava 124 inscritos nos centros de emprego. Esse número chegou a subir para 125 em março mas, no mês passado, desceu para os 118.

 

Veja o quadro:

 

 

 

 

 

 

 

 

No panorama nacional, conforme avança o Jornal de Notícias (JN), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego em abril disparou 22% face ao mesmo mês do ano passado, com a região do Algarve a ser a mais afetada, revelam os dados do IEFP.

“No fim do mês de abril de 2020, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 392.323 indivíduos desempregados”, indica o IEFP. Comparando com abril do ano passado, há mais 71.083 pessoas inscritas, o que representa uma subida de 22,1%. Face ao mês de março, são mais 48 562 pessoas inscritas, ou seja, um aumento de 14,1%.

Para esta subida do desemprego registado, o IEFP refere que o maior contributo foi dado pelas “mulheres, adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”.

 

[Fotografia: Arquivo / DR]

 

PUB

Últimas