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Caminha

Criança de dois anos que nasceu sem mão recebe vai receber uma prótese mioelétrica

23 Janeiro, 2012 - 13:43

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Uma criança de dois anos que nasceu sem uma mão vai receber uma prótese mioelétrica, na quinta-feira, paga através de uma doação anónima depois de frustrada uma campanha de recolha de tampas de plástico.

Uma criança de dois anos que nasceu sem uma mão vai receber uma prótese mioelétrica, na quinta-feira, paga através de uma doação anónima depois de frustrada uma campanha de recolha de tampas de plástico.

“Posso dizer que 26 de janeiro (quinta-feira) será o segundo dia mais feliz da minha vida. O primeiro foi quando ele nasceu, o segundo será quando o vir a mexer a mãozinha”, contou hoje à Lusa Elisabete Farinhoto, a mãe da criança, de Caminha.

Metade dos 8.400 euros necessários à colocação desta prótese já foi pago em dezembro por um anónimo que decidiu suportar na íntegra este custo, depois de perceber as dificuldades da família, sobretudo após frustrada a campanha de recolha de “tampinhas”.

“É avô e quer dar a mão ao Diogo. Foi um verdadeiro anjo que nos apareceu, é a única coisa que podemos dizer”, acrescenta Elisabete, reconhecendo que o processo ainda agora está a começar.

“Esta já fica agora paga. Daqui para a frente temos de continuar a arranjar dinheiro, porque a cada dois anos, até à idade adulta, vamos ter de trocar de prótese”, recorda.

Entretanto, a criança já realizou vários testes à prótese que vai receber na quinta-feira.

“No início, fazia os movimentos sem controlar. Agora quando fomos tratar do molde, já sabia perfeitamente quando queria abrir e fechar a mão. Fazia tudo quase normalmente”, confessou a mãe.

Para tentar garantir a compra desta primeira prótese, foi promovida em 2011 uma campanha de angariação de fundos, desenvolvida pela cooperativa Dar-a-Sorrir e que se traduziu na recolha de tampinhas, entre outras iniciativas, mas que acabou em polémica.

A Ceinop, uma empresa da Póvoa de Varzim, teria prometido financiar a mão em troca de 18 a 19 toneladas de tampinhas, o que deveria ter acontecido em agosto.

Acabaram por recolher em todo o país cerca de 23 toneladas, quando foram informados que, afinal, seriam necessárias 46 toneladas, tendo em conta que o plástico passou de 450 euros por tonelada para 200 euros.

A administração da Ceinop disse apenas que a necessidade das 19 toneladas terá resultado de “um mal-entendido” provocado por uma cooperante da Dar-a-Sorrir.

Esta associação reservou explicações sobre a situação para mais tarde.

“Entreguei tudo, mesmo assim ainda estamos a falar de 4.000 euros, e nunca me deram sequer um papel. Por isso, com estas pessoas, já não quero mais nada, apenas dar seguimento para entregar esse dinheiro a outra criança que precise”, rematou.

O Diogo nasceu a 20 de maio de 2009, sem a mão direita, alegadamente vítima de uma amputação dentro da barriga, mas desde agosto que usa uma mão estética.

FONTE: LUSA

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