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Desengane-se quem pensava que a curva da pandemia da COVID-19 iria ser semelhante à pandemia de 1918 provocada pelo vírus Influenza. Na generalidade do país e do mundo, a segunda vaga desta última foi a pior de três. O número de casos atingiu o triplo das duas outras vagas.
Até agora, a COVID-19 avançava sem surpreender. Houve uma primeira vaga preocupante e palpitou-se desde logo que a segunda iria ser pior. E foi. Uma escalada de novos casos quase tirada a papel químico da pandemia de 1918, embora com menor mortalidade.
Passou o Natal e o Ano Novo e chegou a terceira vaga. Tudo mudou em relação há 100 anos. O vírus está mais forte e muito mais intenso em pelo menos dois dos seis concelhos do Alto Minho:
Em Caminha, a segunda vaga levou quase dois meses para atingir um pico de 211 casos ativos. Em menos de duas semanas, a terceira vaga já igualou esse máximo.
Em Vila Nova de Cerveira, o pico da segunda vaga foi atingido a 19 de novembro com 58 casos ativos. Em menos de duas semanas, a terceira vaga já alcançou os 87 – máximo nunca antes visto.
Distrito de Viana é “o mais crítico” do Norte
O distrito de Viana é nesta altura “mais crítico” em toda a região Norte no que refere à incidência da COVID-19. Refere o jornal O Minho que a avaliação foi feita esta terça-feira por Óscar Felgueiras, especialista da ARS-Norte, durante a reunião de peritos do Infarmed.
“Apesar de ter uma incidência de 869, que aparenta estar dentro da média, a verdade é que o crescimento está a ser muito mais acentuado do que no resto da região”, sublinha Óscar Felgueiras, realçando que, “na última semana, houve um crescimento de 109%”.
O Alto Minho está a piorar cada vez mais. Em três dias, somou mais três mortos e 650 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (COVID-19). São agora 8.851 casos confirmados, dos quais 1.902 estão ativos. Surgiram 248 casos recuperados de acordo com o relatório epidemiológico da ULSAM emitido esta segunda-feira.
Em destaque, disparo em Caminha que está agora com 211 casos ativos. Disparo também em Valença, com subida para os 98 casos ativos. E Vila Nova de Cerveira também a subir, agora com 87 casos ativos.
Em números totais, desde o início da pandemia, o Alto Minho segue com 8.851 casos confirmados, sendo que 1.902 estão ativos. Há 6.780 casos recuperados e 169 óbitos registados.
[Fotografias: DR]
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