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O distanciamento social e o uso de máscaras vieram para ficar “durante os próximos dois, três anos, pelo menos”. A convicção é de Nuno Marques, professor da Universidade do Algarve e presidente do Algarve Biomedical Center (ABC).
Em entrevista ao Diário de Notícias, o especialista considera que a probabilidade de uma segunda vaga da nova doença acontecer “é muito alta” e aponta para o Inverno.
“Ninguém pode afirmar com toda a certeza, mas a probabilidade é muito alta. Estamos a falar de um vírus e de uma doença que têm tudo para ter um carácter sazonal. A probabilidade de uma segunda vaga no inverno no hemisfério norte é muito alta”, refere.
No entanto, para Nuno Marques, existe a vantagem que “estamos muito mais bem preparados agora do que há três meses”. E o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “está a preparar-se para um segundo, que pode ser ainda mais forte e violento”.
“Está a fazer-se o reforço dos equipamentos de internamento, otimização dos circuitos e preparação das equipas. E temos a rede de centros de investigação que é complementar em termos de testes, e nos dá a garantia de capacidade muito alta de testes, e que ainda pode ser aumentada se necessário”.
Já sobre a tão ansiada vacina, o clínico mostra-se mais reticente. “Mesmo que apareça alguma vacina ou terapêutica, a sua eficácia não vai ser a cem por cento. Basta ver as outras doenças”, sublinhou. “E, até termos vacinação em massa, não podemos estar descansados”, concluiu.
[Fotografia: Ilustrativa / DR]
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