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Viana do Castelo

Cotação do petróleo permite construir fábrica de cabos de amarração de plataformas

5 Março, 2012 - 15:29

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O presidente da Lankhorst Euronete justificou hoje a construção de uma fábrica de cabos para amarração de plataformas petrolíferas, em Viana do Castelo, com a prospeção que começa a ser feita em águas cada vez mais profundas.

O presidente da Lankhorst Euronete justificou hoje a construção de uma fábrica de cabos para amarração de plataformas petrolíferas, em Viana do Castelo, com a prospeção que começa a ser feita em águas cada vez mais profundas.

“O desenvolvimento do mercado do petróleo em águas profundas faz com que necessitemos de ter uma fábrica junto a um porto de mar, para movimentar as bobinas de cabos de ancoragem que cada vez são mais pesadas”, explicou José luís Gramaxo, no lançamento da primeira pedra do investimento, de 6,5 milhões de euros.

Segundo o presidente daquele grupo luso-holandês, na fábrica de Viana do Castelo serão produzidos, já a partir de 01 de setembro, cabos para amarração de plataformas petrolíferas num total anual estimado de 3.000 toneladas, exclusivamente para exportação por via marítima, criando mais 50 postos de trabalho.

Acrescentou que a cotação internacional do petróleo já “compensa” os custos da prospeção em águas cada vez mais profundas, pelo que a empresa, que em Portugal emprega cerca de 700 trabalhadores, tem cada vez mais clientes entre mercados como Noruega, Estados Unidos da América, Brasil, Nigéria, Angola e Gana.

O primeiro projeto desta unidade terá como destino o mar de Barents, entre a Noruega e a Rússia, já na segunda metade de 2013, para servir as plataformas petrolíferas e de prospeção de gás ali instaladas.

O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, marcou presença no lançamento da primeira pedra da construção desta fábrica, instalada em área de expansão do porto de mar de Viana do Castelo, e garantiu tratar-se de “mais uma porta para as exportações”.

“A empresa já perdeu alguns contratos internacionais por não estar numa localização como esta. A partir de hoje, vai ter a oportunidade de não perder mais nenhum, dando mais um fôlego ao porto de mar de Viana do Castelo”, apontou o governante.

O grupo Lankhorst foi fundado em 1803, na Holanda, enquanto que a portuguesa Euronete nasceu na Maia, em 1964.

A fusão das duas empresas aconteceu em 1998, representando atualmente, no total, 1.300 postos de trabalho e um dos maiores produtores mundiais de cabos para navios e indústrias offshore, como plataformas petrolíferas.

A Royal Lankhorst Euronete tem atualmente unidades distribuídas por Boticas (222 trabalhadores), Murça (34), Maia (452) e Póvoa de Varzim (24).

Contudo, esta última unidade será “descontinuada”, por ser “antiga”, com a produção de cabos de ancoragem e respetivos trabalhadores transferidos para a nova unidade de Viana do Castelo, onde serão criados mais 50 novos empregos, além dos 24 deslocados.

Uma outra parte da produção até agora realizada na Póvoa de Varzim, de cabos marítimos, será deslocalizada para a unidade da Maia.

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