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Ponte de Lima

Corpo de emigrante assassinada cremado quase dois meses depois, cinzas divididas com Portugal

29 Agosto, 2012 - 08:48

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O corpo da emigrante de Ponte de Lima assassinada pelo ex-companheiro foi cremado segunda-feira na Suíça, quase dois meses depois do crime, e as cinzas serão distribuídas por aquele país e Portugal, por acordo entre os familiares.

O corpo da emigrante de Ponte de Lima assassinada pelo ex-companheiro foi cremado segunda-feira na Suíça, quase dois meses depois do crime, e as cinzas serão distribuídas por aquele país e Portugal, por acordo entre os familiares.

A informação foi confirmada à agência Lusa por fonte do consulado português em Zurique, Suíça, e a decisão terminou com um impasse que se prolongava desde o início do mês de julho, face ao desejo da filha da emigrante, de 13 anos, de realizar as cerimónias fúnebres naquele país, onde vai continuar a residir.

Por outro lado, os avós maternos, naturais de Vilar das Almas, Ponte de Lima, insistiam na realização do funeral em Portugal.
Face a este diferendo, o processo de transladação do corpo foi suspenso em julho.

O corpo da emigrante portuguesa foi libertado pelas autoridades locais poucos dias depois do homicídio, a 04 de julho, e esperou até agora por um destino, concretizado com a obtenção nos últimos dias de um acordo, mediado pelas autoridades suíças, entre os familiares.

Uma parte das cinzas foi utilizada nas cerimónias fúnebres realizadas na Suíça, por desejo da menor, e as restantes serão transportadas para Portugal, conforme a vontade dos avós maternos.

Entretanto, a tutela da menor, de nacionalidade portuguesa, será entregue, segundo a mesma fonte, a uma tia que também reside na Suíça, dado que o pai está detido em Portugal, suspeito da autoria deste homicídio.

O homicídio da mulher, de 31 anos, aconteceu quando o ex-companheiro, um trabalhador da construção civil, a terá atingido a tiro num parque de estacionamento na Suíça.

As autoridades locais emitiram um mandado internacional de captura e solicitaram o apoio da polícia portuguesa na procura do suspeito, natural, tal como a vítima, do concelho de Ponte de Lima.

O homem acabou por se entregar vinte dias depois do homicídio na Polícia Judiciária, em Braga, tendo confessado o crime.

Segundo aquela polícia, o homicídio terá sido “motivado por razões passionais”, tendo o agressor utilizado uma arma de fogo para atingir a ex-companheira, “com vários disparos que acabaram por lhe causar a morte”, suspeitando-se ainda do envolvimento de, pelo menos, mais um português.

O emigrante já estava referenciado pelas autoridades suíças por episódios de maus-tratos à mulher até à separação do casal, em outubro de 2011, após a qual a ex-companheira assumiu a custódia da filha de ambos, de 13 anos.

Encontra-se detido preventivamente por ordem do Tribunal Judicial de Ponte de Lima, após a abertura de um processo de investigação ao homicídio, decidido pelo procurador do Ministério Público daquela comarca.

O julgamento deverá acontecer em Portugal tendo em conta a impossibilidade constitucional de extraditar cidadãos nacionais, o que só pode acontecer em casos de terrorismo ou criminalidade internacional.

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