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Vale do Minho

Coreia do Norte: E se uma arma nuclear atingisse Monção? Ou todo o Vale do Minho?

5 Setembro, 2017 - 03:20

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Só no impacto direto com a praça Deu-la-Deu, uma ogiva de 60 quilotoneladas provocaria 4 mil mortos.

Da Praça Deu-la-Deu até à Ponte Internacional, passando pelo Parque das Caldas, poucas seriam as zonas de Monção e de Salvaterra de Miño que escapariam aos efeitos de uma arma nuclear como a que foi testada pela Coreia do Norte no passado domingo. O impacto direto de uma ogiva de 60 quilotoneladas no centro de Monção teria um número de mortos estimado de 4 mil, sem considerar os efeitos indiretos. Essa é a conclusão que é possível retirar da ferramenta online Nukemap, criada pelo historiador nuclear norte-americano Alex Wellerstein, que permite combinar dados sobre os efeitos de uma arma nuclear com os mapas disponibilizados pelo Google Maps — tornando possível determinar o impacto de uma detonação em qualquer cidade do mundo. Wellerstein alerta, porém, que estimativa de mortes pode não ser a mais rigorosa.

Mais de 5 mil mortos em Valença – Fortaleza totalmente destruída

Em Valença, por exemplo, o número de mortos estimado superaria os 5 mil no impacto direto. A Fortaleza seria completamente destruída, assim como as duas pontes sobre o Rio Minho. Obviamente que a cidade galega de Tui, na outra margem do rio Minho, também não escaparia. A Catedral de Santa María de Tui, nesta cidade, seria arrasada.
Em Melgaço, todo o centro histórico seria imediatamente pulverizado. As Termas do Peso e a Escola Superior de Desporto e Lazer seriam também arrasadas pelos efeitos da radiação. O número de mortos estimado supera os 3 mil. Igual número de vítimas seria verificado em Paredes de Coura, com uma ogiva deste tipo largada em pleno centro da vila. O grau de destruição estender-se-ia até à Área Protegida do Corno de Bico.
No caso de uma arma como a que terá sido testada pelo governo da Coreia do Norte no passado domingo, os efeitos seriam sem dúvida arrasadores em locais como Lisboa, Porto ou Coimbra — mas também em cidades maiores como Paris ou Londres, que seriam parcialmente afetadas. Não é certo qual a dimensão concreta da arma testada por Pyongyang, mas mesmo utilizando as estimativas mais conservadoras — cerca de 60 quilotoneladas, segundo o a autoridade meteorológica da Coreia do Sul — a dimensão destrutiva desta bomba seria enorme.
O teste nuclear norte-coreano foi o mais potente alguma vez levado a cabo pelo país e crê-se que terá sido pelo menos três vezes mais forte do que a bomba atómica lançada sobre Hiroshima. Se a bomba testada chegar às 120 quilotoneladas estimadas por alguns, como a NORSAR (grupo norueguês que monitoriza testes nucleares), este será um teste oito vezes mais forte do que a bomba atómica utilizada pelos norte-americanos em 1945.
Alex Wellerstein, professor do Stevens Institute of Technology em Nova Jérsia (EUA), decidiu criar esta ferramenta em 2012, dizendo que espera ajudar a tornar a ameaça nuclear algo “mais pessoal”, sobretudo para aqueles que nasceram depois do fim da Guerra Fria. “Quando os meus estudantes veem que a bomba H [bomba de hidrogénio, que pode ser 50 vezes mais forte do que a bomba atómica] destrói toda a região metropolitana e que há milhões de mortos e feridos, oiço logo um som da audiência e percebo que lhes acertei em cheio”, explicou o professor ao Independent em 2015.

Veja a galeria de imagens/cenários estimados para as várias localidades do Vale do Minho AQUI [copie o link para a barra de endereços]:
https://www.facebook.com/RadioValedoMinho/posts/1617492544987995

Experimente você mesmo a ferramenta criada pelo professor Alex Wellerstein AQUI [copie o link para a barra de endereços]:
http://nuclearsecrecy.com/nukemap/

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