Mercedes e Ferrari. Os nomes dispensam apresentações.
É com estes clientes de topo que a Doureca, fábrica de componentes automóveis com sede em Paredes de Coura, fecha um ano notável.
Um ano em que os alemães colocaram em definitivo os olhos na qualidade desta fábrica. Não só a Mercedes, mas também a Bosch.
No passado mês de abril, Rui Lobo projetava já subir os ganhos da empresa em 10 por cento, estimando em cerca de 25 milhões de euros o volume de negócios numa unidade que até agora dedicava maioritariamente a sua produção para os universos PSA, Renault e Volvo (camiões).
“Toda a tecnologia que o grupo está a desenvolver ou em fase de inovação”, acrescentou Rui Lobo, explicando que a metalização do plástico que se faz com o recurso ao crómio VI [crómio seis] vai ser substituída por um processo mais sustentável, dado que aquele componente vai ser interditado nalguns processos industriais.
“Reinventamos um pouco e apenas tivemos de adaptar uma linha de produção”, insiste Rui Lobo, não escondendo o orgulho pelo trabalho desenvolvido pela sua equipa de 280 trabalhadores e que viu o reconhecimento da Bosch.
“Posteriormente surgiu a oportunidade de entrar num processo maior e os técnicos da Bosch e Mercedes deram luz verde para avançar”, explicou o diretor geral desta empresa que labora há 35 anos em Portugal, num grupo com outras unidades produtivas em França, Roménia e Turquia.
Entretanto apareceu a Ferrari. O mítico cavallino rampante também se apaixonou por Paredes de Coura.
O presidente da Câmara, Vítor Paulo Pereira, mostra enorme contentamento com esta dinâmica industrial.
“Estamos a crescer de forma sustentada e rápida, sem lamentos ou esperar que os outros façam o nosso trabalho”, disse o autarca, que acompanha toda esta vertente empreendedora.
Recorde-se que, no passado mês de outubro, as instalações da Doureca receberam a visita de António Costa, ainda Primeiro-Ministro.
“Esta empresa ficou praticamente destruída. Mas a verdade é que no final de 2023 estamos cá. A empresa e os seus trabalhadores arregaçaram as mangas. Limparam os escombros. Relançaram esta empresa. Nenhum posto de trabalho foi destruído. A empresa está de novo a laborar e a crescer”, enalteceu António Costa.
“Esta natureza de resiliência demonstrada pela Doureca é, de alguma forma simbólica, do que é a resiliência de quem vive e trabalha no Alto Minho”, prosseguiu o então Primeiro-Ministro.
“Hoje, o Alto Minho é hoje uma das principais regiões na atração de investimento e na capacidade de atrair investimento industrial e exportador”, afirmou.
A Doureca – Produtos Plásticos, Lda está localizada na Zona Industrial de Formariz, em Paredes de Coura. Conta com mais de três décadas de existência.
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