Um comerciante de Viana do Castelo diz ter ficado sem mais de 10.000 euros em tabaco furtado nos três assaltos de que foi alvo em cinco semanas, o último dos quais hoje de madrugada.
Segundo o proprietário da “Papelaria Meadela”, todos os assaltos são perpetrados “da mesma forma”, com os ladrões a introduzirem-se no estabelecimento pelas 05:00, pouco antes da chegada das empresas de distribuição de jornais.
“Já conhecem as rotinas e os vizinhos também não estranham movimentações, até que o alarme toca. São sempre as mesmas pessoas, porque a forma como entram é idêntica, forçam e partem as dobradiças das portas. Lá dentro têm quatro ou cinco minutos para fazer o serviço”, explicou Manuel Mesquita.
Só o assalto desta madrugada, em que diz ter ficado sem os mais de mil maços de tabaco que estavam no expositor da loja, terá provocado um prejuízo superior a 4.000 euros.
“Este foi o pior dos três assaltos do ano, porque tinha o expositor cheio. O anterior foi há três semanas e o outro duas semanas antes, cada um com mais de 3.000 euros de prejuízo que não estava coberto pelo seguro”, admite ainda o empresário, criticando a “inoperância das autoridades” pelo desfecho das investigações anteriores.
Agentes da PSP estiveram hoje no local a recolher indícios.
Nos 13 anos em que explora a papelaria na Meadela, freguesia da cidade de Viana do Castelo, Manuel Mesquita diz já ter sido “visitado” por oito vezes.
“Desde o início do assalto, ao que levam do interior e até ao arquivamento da investigação por falta de provas é sempre tudo igual e nunca se apanhou ninguém. Vou ter de ser eu a resolver isto, com umas noites em claro”, advertiu.
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