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Vale do Minho

Comentário Desportivo Fim de Semana de 24 Março

25 Março, 2013 - 12:53

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Não foi um daqueles fins-de-semana empolgantes, com grandes sobressaltos em matéria desportiva, antes deu a nítida impressão de reinar alguma acalmia própria de Semana Santa. Se calhar, o ambiente algo frio e sensaborão provocado pela selecção, com aquele empate em Telavive, bem como a ausência de embates profissionais, esfriou um pouco os ânimos e contribuiu para amenizar as tensões. Em todo o caso, valerá a pena relembrar algumas peripécias e episódios que decorreram pelos vários campos da região, resumindo-nos, quase por completo, ao futebol caseiro.

Não foi um daqueles fins-de-semana empolgantes, com grandes sobressaltos em matéria desportiva, antes deu a nítida impressão de reinar alguma acalmia própria de Semana Santa. Se calhar, o ambiente algo frio e sensaborão provocado pela selecção, com aquele empate em Telavive, bem como a ausência de embates profissionais, esfriou um pouco os ânimos e contribuiu para amenizar as tensões. Em todo o caso, valerá a pena relembrar algumas peripécias e episódios que decorreram pelos vários campos da região, resumindo-nos, quase por completo, ao futebol caseiro.

Começando pela Divisão de Honra, é adquirido que o Courense vai passar a Páscoa na liderança isolada do campeonato, mas até a poderá deixar depois das festas mesmo sem perder pontos, pelo efeito de ter uma partida a mais que Valenciano e ser exactamente o próximo a folgar. Aliás, é curioso que o Courense entra em “férias” prolongadas, pois só volta a competir em 21 de Abril!

Ora, antes da partida para estas “férias” prolongadas, o líder desvencilhou-se do Moreira do Lima, embora os três a zero finais não denotem quer as dificuldades quer sobretudo a fraca qualidade do jogo. Valenciano e Cerveira, por sua vez, aplicaram “chapa quatro” aos dois conjuntos das terras de Valdevez, com os primeiros a quase repetir o resultado da Taça, perante o Paçô, embora até à tranquilidade, surgida pela meia hora da segunda metade, os sobressaltos tivessem sido bastantes; já a equipa da vila das artes conseguiu os mesmos números, mais espaçadamente e sem percalços.

Relativamente aos primeiros lugares, o Neves repetiu o “hábito” caseiro, que é como quem diz, lá conseguiu ganhar por um zerito, consolidando a posição da lanterna vermelha, Vila Franca, cada vez mais proprietária desse inconfortável posto.

Mais duas vitórias caseiras traduziram os resultados de Correlhã e Castelense, confirmando os cornelianos como titulares do quinto posto e permitindo alguma tranquilidade aos do Beira-Mar, embora sem poderem ainda dormir absolutamente sossegados. Os adversários foram dois conjuntos colocados em lugares cómodos do meio da tabela, nomeadamente o Vila Fria que apenas sofreu um golo no Municipal da Correlhã, e o Campos que, ao desperdiçar uma grande penalidade que lhe permitia a igualdade, chamou a si o velho rifão que “quem não marca, sofre” e acabou sentenciado com o segundo golo.

Finalmente o jogo de alta voltagem, o Lanheses/Bertiandos, vizinhos geograficamente e pontualmente empatados em lugares perigosos e de queda vertiginosa eminente, acabando por sorrirem os forasteiros, que apontaram um golo em cada metade contra apenas um dos locais e findaram uma quinzena proveitosa depois do empate imposto ao Neves.

Uma jornada não muito empolgante, como frisamos na abertura desta súmula, mas ainda assim interessante e sobretudo a lançar enormes expectativas, quer no topo, quer no fundo, para os próximos compromissos, apenas dentro de três semanas. É bastante tempo, mas … até lá outros motivos hão-de imperar.

Na divisão secundária, tal como previsto, o líder Darquense, impedido de pontuar por folga, sentiu a proximidade do novo Arcos que venceu, com um golo em cada metade, a equipa do Caminha, fragilizada psicologicamente, enquanto o Lanhelas deu alguma consistência ao último lugar do pódio, graças a duas “chumbadas” às Águias do Souto, durante a etapa complementar, acabando por ser a equipa de felicidade na ronda ao conseguir pontos em mais dois campos, sendo mais eficientes os dois arrecadados, de forma indirecta, na Arcela, pois o Perre penhorou na segunda parte os dois talentos conquistados na primeira, traduzindo o resultado final perante o Fachense num empate a dois golos, equivalendo os quatro a igual número de pontos de vantagem dos lanhelenses sobre aquele adversário directo. A outra vantagem do Lanhelas adveio da “travagem” forçada feita ao Raianos, derrotado em pleno Areal, pelo Arcozelo, através dum golo único que, se tem acontecido na baliza contrária, teria colocado os monçanenses num degrau acima e mantido a chama da esperança plenamente acesa.

Assim, foi ofuscada a prestação raiana, tal como a dos outros conjuntos do Vale do Minho, numa tarde desastrada, pois Moreira e Castanheira acabaram goleados, com os moreirenses perdulários, ao desperdiçarem soberaníssima ocasião para chegar à confortável vantagem de dois golos sem resposta, não convertendo uma grande penalidade, acabando por sofrer quatro e a mais pesada derrota caseira.

A mesma margem de três golos, com o senão de não haver marcado sequer o ponto de honra, averbou o Castanheira, em terras de Âncora, terminando agarrado pelo Chafé, triunfador na lanterna vermelha por quatro a dois. A vitória do Chafé, no campo onde houve maior número de golos, permite-lhe colocar-se a jeito de ultrapassar Moreira e Castanheira, facto de que não nos admiraremos, e confirmar a cauda da tabela pela equipa de S. Martinho da Gandra. Tudo para seguir em confirmação dentro de três semanas.

Pelo Inatel, se a polémica havia estalado antes do início da disputa da jornada com o adiamento do dérbi limiano, Anais/Calheiros, jogo com nítida envolvência pelo título, com apenas três rondas em disputa, ela prolongou-se pelo decurso dos jogos, já que acabou por se não realizar também o Gárcea/Longos Vales. Melhor, o jogo teve a duração de uns escassos segundos, apenas com a equipa sanjoanina e a de arbitragem em campo, recuando-se, segundo apuramos, o anfitrião a entrar em campo por ausência da equipa de segurança.

Se outro qualificativo não houver, não deixa de ser caricato o “medo” apenas da equipa que jogava em casa! Seja como for, e acreditando nos responsáveis do clube, atribuímos os três pontos à equipa monçanense que continuará a dois pontos da liderança, mantida pelo Adecas, vencedor do confronto caseiro perante o Cepões, por um a zero, carregando para o jogo da próxima ronda entre ambos uma carga de enormíssima e decisiva importância, já que ali poderá ficar decidido o título, pois o Cabaços, apesar de ter vencido o Deucriste, já não tem margem para se chegar á frente. Mas essa discussão pela coroa de louros só acontecerá dentro de três semanas, já então com o jogo em atraso disputado.

Apenas um alerta, pois se dos campeonatos supra referidos só voltaremos a ter novidades daqui a largos dias, não faltarão motivos para continuarmos a análise e acompanhamento desportivos, nomeadamente no próximo fim-de-semana pascal, antecipando para Sexta e Sábado, dia em que retomaremos o nacional da III divisão e continuaremos pelo da segunda, onde o Limianos continua em grande, regressando ao quarto posto em permuta de lugar com o seu adversário de ontem, o Vizela, destronado pela derrota no Cruzeiro.
Antes, em Sexta-feira Santa, esperamos colocar uma mão do Cerveira no primeiro troféu da época.

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