O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, Luís Ceia, espera que o Governo cumpra agora com o recente compromisso assumido de modernização da linha ferroviária Porto-Vigo, dizendo “estão cumpridas as obrigações” da associação vianense.
Luís Ceia realça que a entidade empresarial sempre esteve “na linha da frente” na luta contra a suspensão daquela via, tendo cumprido a função de alertar as autoridades e o poder político para as consequências daquele eventual encerramento.
O dirigente empresarial mostrou-se “contente” com o avançar da intenção de modernização daquela linha ferroviária, recordando que aquele projeto tem sido “sistematicamente adiado”. Ora numa região, agora portajada, Luís Ceia diz que “há condições urgentes para que a linha de comboio possa avançar”, incluindo “um serviço de mercadorias para servir o porto de mar de Viana do Castelo e as zonas logísticas”.
A reação de Luís Ceia acontece numa altura em que os dirigentes do Eixo Atlântico afirmaram ter recebido, do primeiro-ministro português, o compromisso de modernização da linha ferroviário Porto-Vigo, depois de uma reunião com Pedro Passos Coelho, em Lisboa.
Os dois países vão entregar a Bruxelas um projeto de financiamento para a modernização daquela via, candidato ao quadro de financiamento em vigor a partir de 2014.
No entanto, ainda neste quadro comunitário, vão começar algumas melhorias, através da reprogramação do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), tal como garantiu à Lusa, José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e do Eixo Atlântico.
Segundo o autarca, o traçado será compatível com o transporte de mercadorias e de passageiros.
Atualmente uma viagem entre Porto e Vigo demora cerca de três horas e quinze minutos e espera-se que com a modernização passe a demorar duas horas. Contudo, adiantou, no final da obra, em 2017 ou 2018, é possível que possa demorar apenas 75 minutos, de acordo com o estudo do Eixo Atlântico.
Refira-se que o Eixo Atlântico representa 34 cidades do Norte de Portugal e da Galiza, com um total de cerca de quatro milhões de habitantes.
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