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Paredes de Coura

Cientista nascido no concelho desenvolve nova técnica para detetar cancro mais cedo

12 Dezembro, 2013 - 14:54

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O cientista Tiago Rodrigues desenvolveu uma técnica que permite observar a atividade das células cancerígenas, através da monitorização do consumo e processamento de glicose.

O cientista Tiago Rodrigues desenvolveu uma técnica que permite observar a atividade das células cancerígenas, através da monitorização do consumo e processamento de glicose.

É notícia por ser uma descoberta para o mundo, mas também por ser resultado do trabalho de um alto-minhoto. Atualmente no Instituto de Investigação sobre Cancro da Universidade de Cambridge, Tiago Brandão Rodrigues nasceu em Paredes de Coura e doutorou-se em Bioquímica pela Universidade de Coimbra.

Baseando-se no facto de que para obter energia, as células do nosso corpo utilizam o açúcar glicose, e de que células com atividade maior ou em rápido crescimento consomem mais glicose – como é o caso das células cancerígenas em crescimento anormalmente rápido -, este investigador e a sua equipa na Universidade de Cambridge (Inglaterra), desenvolveram uma nova técnica que permite detetar o cancro numa fase mais precoce e com maior precisão do que as atuais técnicas usadas clinicamente.

A técnica e os resultados obtidos foram publicados num artigo na edição on line da revista “Nature Medicine” do dia 8 de Dezembro, de que Tiago Rodrigues é primeiro autor.

Neste artigo, descreve-se a técnica que recorre à ressonância magnética para “ver em detalhe as moléculas que as células cancerígenas utilizam para produzir a energia e consegue assim seguir os tumores em movimento”.

Assegurando que esta pesquisa não representa a cura para o cancro, Tiago Rodrigues acredita que se se comprovar que a técnica é segura e eficaz, pode tornar-se uma ferramenta crucial para detetar a doença mais cedo, mas também a resposta ao tratamento.

Imigrante em Inglaterra, Tiago Rodrigues não descarta o desejo de regressar às origens. No entanto, sabe que não é para já.

Esta nova técnica potencia novas vias para a deteção das primeiras manifestações tumorais, assim como a quase imediata monitorização clínica da eficácia dos tratamentos anticancerígenos.

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