PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Viana do Castelo

Cidade tem mais 16 “sem-abrigo” desde hoje de manhã

24 Maio, 2012 - 17:51

289

0

Uma instituição social de Viana do Castelo colocou hoje, por toda a cidade, 16 bonecos realistas, retratando figuras de sem-abrigo, para alertar para uma realidade de “cada vez maior dimensão” na região.

Uma instituição social de Viana do Castelo colocou hoje, por toda a cidade, 16 bonecos realistas, retratando figuras de sem-abrigo, para alertar para uma realidade de “cada vez maior dimensão” na região.

Trata-se de uma iniciativa do Gabinete de Atendimento à Família (GAF), intitulada “Bonecos de Rua” e concretizada pela Unidade de Apoio na Toxicodependência, no âmbito das 18.ªs Jornadas da instituição, subordinadas ao tema “Vidas sem abrigo, uma abordagem transversal à toxicodependência”.

Logo pelas 07:30, técnicos do GAF e vários alunos de escolas do concelho começaram a distribuir estes bonecos de rua pela cidade, gerando a surpresa, já durante o dia, do mais distraído transeunte.

Fosse à porta da Câmara Municipal, na praça da República, junto à Repartição de Finanças ou por baixo da ponte Eiffel, entre outros locais, não faltaram olhares admirados perante uma realidade desconhecida.

“Em Viana do Castelo, esta realidade está ainda muito escondida, pois na maior parte das situações o que se verifica são pessoas a dormir em espaços devolutos e em pensões”, explicou à Lusa Isabel Fernandes do GAF.

A instituição garante que “não existe um diagnóstico concreto” sobre o número de sem-abrigo na cidade, mas também qualquer “estratégia concreta” para “um problema que tende a ganhar maiores proporções”.

“Como evidencia o aumento de pedidos de apoio para as necessidades básicas prestados pelo GAF, de alimentação, alojamento, banhos e dívidas”, acrescenta a responsável.

Para já, os 16 bonecos de rua vão permanecer espalhados pelas ruas da cidade até 28 de maio, dia em que termina também uma exposição, promovida pela instituição, intitulada “Olhares sobre vidas sem-abrigo”.

“Pretendemos desafiar a população em geral a questionar-se acerca de problemas vividos pela população que se encontra em situação extrema de exclusão social e que pode desencadear numa situação de sem-abrigo”, sublinha Isabel Fernandes.

Atualmente, o GAF dispõe de um espaço de acolhimento para sem-abrigo, denominada “Comunidade de Inserção”, cuja lista de espera, para o regime noturno, “tem vindo a aumentar” chegando hoje às 13 pessoas em toda a área do Minho.

Em regime diurno, o GAF disponibiliza refeições, banhos e atividades ocupacionais, sendo os utentes acompanhados por técnicos da instituição da Unidade de Apoio na Toxicodependência, Centro de Acompanhamento psicossocial para VIH-Sida e das “Equipas de Rua”.

“No concelho e no distrito não existem estruturas que permitam dar resposta a situações de urgência para pessoas que, de um momento para o outro, fiquem em situação de sem-abrigo, apesar de existirem muitos casos em risco de ficarem nesse estado. Pessoas que deixam de poder pagar o quarto da pensão ou mesmo a renda de casa”, alertou Isabel Fernandes.

Últimas