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Viana do Castelo

Cidade reabre ao culto igreja barroca que fechou em 2010 por problemas estruturais

13 Março, 2013 - 11:17

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A Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo, um dos mais importantes exemplares do Barroco, vai voltar a receber cerimónias religiosas a partir de domingo, dois anos depois de encerrada por problemas estruturais, anunciou hoje a instituição.

A Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo, um dos mais importantes exemplares do Barroco, vai voltar a receber cerimónias religiosas a partir de domingo, dois anos depois de encerrada por problemas estruturais, anunciou hoje a instituição.

Desde dezembro de 2010 que aquela igreja, cuja construção foi concluída em 1721, estava encerrada devido ao perigo de derrocada da cúpula principal, que se encontrava fraturada.

Segundo o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, a reabertura ao culto acontecerá no próximo domingo, com a celebração de uma missa dominical pelas 12:00, o que se vai repetir durante outras cerimónias religiosas da Páscoa.

“Simbolicamente, com o início do culto religioso, contribuímos para a oferta religiosa, artística e cultural da cidade”, esclareceu Vitorino Reis.

A empreitada de reabilitação do templo foi iniciada em junho de 2011 e incidiu, além do reforço da estrutura, ao nível dos históricos azulejos existentes no interior, na consolidação estrutural da capela-mor e do arco cruzeiro e na recuperação da pintura do teto.

“Estruturalmente, a igreja apresentava problemas graves de estabilidade que, a não serem corrigidos, poderiam levar à sua ruína”, explicou o provedor.

Segundo Vitorino Reis, tratou-se de uma “intervenção muito delicada”, dada a importância, e ao mesmo tempo, “pelo estado em que se encontrava”, sendo esta uma “magnífica joia do Barroco nacional”.

Os azulejos, que ilustram as 14 obras de Misericórdia, são precisamente uma das relíquias do templo e foram pintados pelo mestre da azulejaria setecentista Policarpo de Oliveira Bernardes.

Com estas obras, o templo ganhou ainda uma sala dedicada à Arte Sacra, integrando “parte significativa do acervo artístico da Misericórdia, com magnificas imagens e pinturas”.

Construída em apenas oito anos, a igreja, classificada Património Nacional em 1910, é considerado pelos especialistas um “feérico pequeno museu de ornamentação barroca”.

As obras permitiram o reforço estrutural da cúpula, a recuperação e o tratamento da pedra da fachada, a reabilitação do claustro e da Capela da Senhora do Bom Despacho.

Estes trabalhos custaram 877 mil euros, comparticipados a 70 por cento por fundos comunitários, no entanto a instituição estima que a investimento final na recuperação daquele património ultrapasse um milhão de euros.

É que a reprogramação da candidatura anterior permitiu alargar a intervenção à fachada do perímetro do edifício da igreja, que funciona como sede da instituição e que já foi o hospital da cidade, sendo este conjunto uma das marcas históricas da principal praça da cidade de Viana do Castelo.

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