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Chama-se ‘Besta do Leste’ e pode trazer frio de rachar a Portugal

25 Novembro, 2022 - 11:34

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Meteorologia.

Está a formar-se sobre a zona da Sibéria, na Rússia, um fenómeno meteorológico a que foi dado o nome de Besta do Leste.

 

Explica a Sapo Magg que consiste na concentração de uma enorme massa de ares gelados que deverão, depois, descer por toda a Europa central e chegar a Espanha, primeiro, e a Portugal, depois.

 

Os meteorologistas estão atentos a esta situação, que não é nova, e já ocorreu noutros períodos da história, como em fevereiro de 1956, naquele que foi um dos invernos mais frios da Europa.

 

A imagem que documenta esta notícia reporta-se ao cenário verificado em fevereiro desse ano, em toda a Europa.

 

 

 

[Fonte: EnMet]

 

 

Ainda não há certezas sobre os caminhos que esta Besta do Leste vai tomar, mas “tudo aponta que o destino seja a Europa do Sul”.

 

“É uma gigantesca concentração de ares gelados que acontece de forma mais ou menos regular nas zonas mais frias da Rússia, nomeadamente na região siberiana, onde as temperaturas são mais baixas nesta altura do ano. Esses ares gelados são depois transportados para outras regiões, podendo tomar diferentes direções, daí não ser frequente que atinjam as zonas mais a sul da Europa”, prossegue a Magg.

 

O portal meteorológico espanhol El Tiempo está atento a este fenómeno.

 

Em fevereiro de 1956, ocorreu um dos mais dramáticos casos de formação desta Besta de Leste, que trouxe os ventos gelados até Espanha e Portugal, com temperaturas abaixo de zero em toda a região ibérica, mesmo durante o dia, durante um período considerável de tempo.

 

Não é certo que tudo venha a encaixar-se e a acontecer como está previsto, precisamente porque se está a falar de uma previsão, que é sempre incerta, e os fatores meteorológicos podem alterar-se. Mas a verdade é que “os padrões e tendências atmosféricas parecem apontar para uma possibilidade significativa de tal situação”, diz o El Tiempo.

 

 

O que aconteceu em 1956?

Há 66 anos Portugal continental foi afectado por um episódio de frio intenso, longo e sem precedentes.

 

Nos dias 11 e 12 de Fevereiro de 1956, “registaram-se valores de temperatura mínima extremamente baixos, devido à influência de uma massa de ar muito frio com trajecto continental, que se movimentava na circulação de um vasto anticiclone localizado a Sul da Islândia”, lembrou o portal Agricultura&Mar no ano em que passaram 60 anos sobre a ocorrência.

 

 

 

[Fonte: Arquivo/Diário de Lisboa]

Nestes dois dias quase todo o território apresentou valores de temperatura mínima inferior a 0°C (com excepção de Cabo Carvoeiro e Sagres). Valores de temperatura mínima inferiores a – 10°C observaram-se nas regiões do interior Norte e Centro: -16.0°C em Penhas da Saúde; -14.0°C em Lagoa Comprida; -13.3°C em Penhas Douradas; -12.3°C na Guarda; -10.8 °C em Montalegre; -10.0°C em Miranda do Douro, Moimenta da Beira e Arouca/Serra da Freita. -16.0°C, valor de temperatura mínima observado no dia 12, na estação meteorológica de Penhas da Saúde (Serra da Estrela) é ainda o extremo absoluto da temperatura mínima em Portugal continental.

 

 

[Fotografia capa: Arquivo ECMWF 1956]

Tópicos:

#Frio#Meteorologia

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