O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira mostrou-se esta sexta-feira convicto de que o concelho está no “bom caminho” do crescimento sustentável.
“Às excelentes condições naturais existentes, o atual executivo municipal tem vindo a trabalhar, desde a primeira hora, na criação de fatores de equilíbrio entre as diversas áreas âncora de desenvolvimento, com o objetivo principal de fixar cada vez mais pessoas em Vila Nova de Cerveira”, referiu.
Rui Teixeira, que falava durante a sessão de abertura da Conferência Crescimento e Sustentabilidade de Vila Nova de Cerveira, realizada no Cineteatro de Cerveira – Marreca Gonçalves, elencou desde logo a forte componente industrial, com destaque para a náutica, têxtil e automóvel.
“É surreal não termos o apoio necessário do Governo”
“Com uma Zona Industrial tão vigorosa parece surreal não termos o apoio necessário do Governo, através dos fundos comunitários. Nesse sentido, já estamos em conversações com a CCDR-N para ver se algo se concretiza”, atirou Rui Teixeira.
O Presidente da Câmara assegurou que “o objetivo não é atrair mais Indústria de mão de obra intensiva, pois a existente já é suficiente, mas antes captar investimento especializado, na vertente laboratorial e de investigação, pelo que se está a abordar com Universidades a possibilidade de ter polos de investigação em Vila Nova de Cerveira”.
Bienal é “pináculo de criação cultural a nível nacional”
A cultura foi outra área destacada pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, especificando o “excelente e coordenado trabalho” protagonizado pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), e assumindo o evento da Bienal como “um pináculo da criação cultural a nível nacional”.
Frisando que, desde a tomada de posse, o executivo municipal fez uma reformulação grande na FBAC, “dando-lhe um cunho mais profissionalizado”, Rui Teixeira garante que “já não basta ser uma marca conhecida, a Bienal tem de ser devidamente reconhecida para ser autossustentável, obtendo o retorno suficiente para não viver exclusivamente da dependência e da capacidade do município”.
Nesse sentido, “o trabalho tem vindo a ser bem feito, e revelo que recebi ontem o convite para que a FBAC represente Portugal na Bienal de Macau, o que é um grande motivo de orgulho, mas também muito meritório”.
A descentralização da programação da Bienal pelas freguesias e a criação de uma galeria de arte em pleno centro histórico constituem-se como “dois passos de crescimento sustentável” da vertente cultural, “uma marca cujo trabalho é imperioso continuar”.
Ensino Superior mas “não como anteriormente”
Igualmente encarado como um fator de crescimento, a educação foi abordada por Rui Teixeira que lembrou que o concelho tinha, “até há pouco tempo”, todos os níveis de escolaridade, incluindo o ensino profissional e o superior.
“Estou convencido de que vamos conseguir voltar a ter ensino superior em Vila Nova de Cerveira, não como anteriormente, mas na vertente das pós-graduações, com destaque para os setores das Artes e da Cultura. Temos vindo a encetar contactos com várias instituições desse grau de ensino, sem esquecer os esforços para termos um Centro Tecnológico com cursos profissionais, no âmbito das Novas Tecnologias da Informação e de outras áreas maus relacionadas com as necessidades das empresas aqui sediadas”, disse.
Rematando a sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, sublinhou que “um dos objetivos primordiais é afirmar Vila Nova de Cerveira como um município sustentável e integrador, não apenas sob o ponto de vista social, económico e cultural, mas, também, ambiental”.
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