Está patente no Aquamuseu do rio Minho, até 31 de maio, um conjunto de painéis temáticos dedicados à truta marisca. A mostra visa a divulgação de algumas caraterísticas morfológicas da espécie como a distribuição, o ciclo de vida e as ameaças.
Espécie indígena da Europa, a truta marisca, em Portugal, encontra-se nos rios do Norte e Centro, crescendo no mar e reproduzindo-se nos rios.
Esta truta tão apreciada pelos pescadores profissionais e pelos pescadores desportivos tem um sabor excecional mas, devido à poluição principalmente nas zonas de reprodução, a espécie tem vindo a desaparecer. Está classificada como espécie Criticamente em Perigo pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
Apenas as populações dos rios Minho e Lima apresentam a forma migradora (e não a forma sedentária), ou seja, aquelas cujos peixes eclodem em água doce e, passados um a dois anos, migram para o mar onde crescem até à maturação sexual.
Só depois regressam aos locais de nascimento para se reproduzirem, normalmente zonas de baixa profundidade, com velocidades de corrente moderada e bem oxigenadas e sem poluição.
Estudos revelam que em 2040, a truta terá perdido metade do seu habitat na Península Ibérica; em 2100 terá praticamente desaparecido.
A poluição, as alterações climáticas, a extracção de água para rega e a sobre-pesca são as causas apontadas para a provável extinção das populações de truta-marisca), na Península Ibérica, antes de 2100.
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