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Viana do Castelo

Capital de distrito poderá ser a sexta Slow City portuguesa e a segunda do Norte

2 Janeiro, 2013 - 10:34

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Viana do Castelo poderá ostentar, a partir de Março, o caramujo laranja o símbolo do caracol, que carrega a ideia central das cidades que vivem com tranquilidade e que apostam em factores como a qualidade do ar e da água, a preservação da história local e de características que a tornam única.

Viana do Castelo poderá ostentar, a partir de Março, o caramujo laranja o símbolo do caracol, que carrega a ideia central das cidades que vivem com tranquilidade e que apostam em factores como a qualidade do ar e da água, a preservação da história local e de características que a tornam única.

A candidatura a Slow City deverá estar concluída em meados de Janeiro para ser apresentada formalmente em Março durante um congresso internacional da rede Slow Cities que decorrerá em Viana do Castelo.

A ser aprovada Viana do Castelo será a segunda cidade do Norte, depois de Vizela. Até então apenas cidades algarvias, Tavira, São Brás de Alportel, Lagos e Silves tinham aderido ao conceito que nasceu em Itália e que tem como objetivo a preservação de tradições e de uma vida tranquila, com maior qualidade.

A ideia surgiu quando, em 1999, o prefeito da cidade italiana Greve In Chianti, Paolo Saturnini, resolveu colocar em prática algumas iniciativas que caminhassem nesse sentido. O movimento começou a ganhar forma através de um grupo de cidadãos que depois da abertura de um restaurante fast food em Roma, decidiu lançar uma iniciativa que preservasse a comida local e a cultura gastronómica. Primeiro nasceu um movimento do slow food. Depois surgiu o grupo Città Slow ou Slow City, que por meio de uma rede permite a divulgação de cidades e vilarejos, privilegiando as pessoas e o ambiente.

Em Viana do Castelo, o processo de candidatura está a ser elaborado pela Câmara Municipal em parceira com o Instituto Politécnico e a Associação Empresarial. Em Outubro passado uma delegação das três entidades deslocou-se a Itália para participar na assembleia internacional da Rede de Slow Cities.

Além de apresentar a cidade e o concelho às cidades participantes no encontro os representantes de Viana manifestaram a intenção de avançar com a candidatura ao movimento.

A proposta foi bem acolhida e está, nesta altura, a ganhar forma com a elaboração de o dossier de candidatura.

As cidades têm de ter menos de 50 mil habitantes e demonstrar que usufruem de uma vida sem stress; assegurando também que podem aumentar a qualidade de vida dos habitantes, preservar tradições e valores e atrair mais visitantes. Apresentada a candidatura, que implica o pagamento de uma taxa, a cidade vai ser avaliada de acordo com vários indicadores. Desde a política Ambiental, de infra-estruturas, tecnologias à qualidade urbana, exploração da produção interna, hospitalidade e consciência.

Segundo a vereadora da Cultura da Câmara de Viana do Castelo trata-se de um processo composto por “requisitos muito exigentes que abrangem as várias áreas da vida de um território”. Maria José Guerreiro reconheceu que em alguns critérios Viana poderá atingir “uma pontuação mais abonada” e noutros “mais fraca mas também é um sinal que são questões a serem mais trabalhadas”.
Para serem aceitas, as cidades devem cumprir pelo menos metade dos critérios necessários.

A adesão de Viana do Castelo à rede internacional de rede Slow Cities tem vindo a ser uma estratégia defendida há muito pelo executivo socialista como forma de potenciar o turismo e até candidatar projectos de preservação e reabilitação da cidade a fundos comunitários.

Este movimento teve início há mais de dez anos e conta já com cerca de 155 cidades aderentes em países como Espanha, Reino Unido, França, Noruega e Alemanha.

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