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Caminha/Orçamento: PS enaltece «despesa mais baixa» – PSD lamenta «manifesto eleitoral socialista»

27 Outubro, 2016 - 02:39

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Maioria socialista orgulha-se de ter já cumprido 75% do projeto político sufragado em 2013.

O PSD Caminha considera que o Orçamento Municipal para o exercício de 2017 “não passa de um manifesto eleitoral do Partido Socialista sem acrescentar nada de novo ao que foi feito em anos anteriores”. O Executivo caminhense aprovou esta quarta-feira, em sessão de câmara, o Plano e o Orçamento para o exercício de 2017. Ambos os documentos passaram na votação, mas não escaparam às fortes críticas da oposição social-democrata. “O orçamento apresentado baseia-se num relatório que se resume a 70 % a falar «mal» do anterior executivo; 29% a fazer campanha eleitoral, não fosse este um orçamento feito por um candidato a presidente de Câmara; 1% a tratar das questões sérias do orçamento e Grandes Opções do Plano. A partir daqui já se pode verificar o grau de coerência e a forma de estar de quem não tem os olhos postos no concelho mas sim em trabalhar para as eleições”, atira o PSD.
Opinião contrária tem a maioria socialista caminhense, que vê os dois documentos como “amigos das famílias, das empresas, das instituições e do futuro”. De resposta pronta à direita, o PS disse ter rejeitado “o que foram as velhas práticas do Município de Caminha, que apelavam, nestas alturas, a um documento expansionista, prometedor de tudo a todos, um orçamento gordo, um documento doente com ar saudável”. O presidente da Câmara, Miguel Alves, garante que este “é o documento que apresenta a previsão de despesa mais baixa dos últimos quatro anos eleitorais anteriores”.
O PSD liderado por Liliana Silva não se convence com estes argumentos e considera que “este relatório revela uma necessidade enorme de se evidenciar a imagem do presidente”. Tudo com o objetivo, diz a oposição «laranja», de “tentar mostrar que irá fazer algo no último ano, talvez acreditando que as pessoas se esquecerão que desprezou as famílias, as instituições, as empresas locais e as freguesias durante três anos de mandato, com orçamentos brutais para a cultura em detrimento de quem mais precisa”. Já Miguel Alves volta a enviar «recados» ao PSD e puxa do argumento de que “estamos perante um orçamento que prevê uma despesa para 2017 de 20.702.207 euros, o que torna este um dos orçamentos mais baixos de sempre, ou melhor, o terceiro orçamento mais baixo dos últimos dez anos, sendo que os dois mais baixos foram também deste executivo”.
Enquanto o PS salienta números reduzidos, o PSD sublinha cifras que considera elevadas. “Este orçamento aumenta na despesa de aquisição de bens e serviços em cerca de um milhão de euros, só por este motivo já é possível perceber que realmente é elaborado por um candidato a presidente”, alertam os sociais-democratas. “A limpeza urbana que deveria ser uma prioridade para um presidente vê uma redução de 100 mil euros, que se tem refletido no concelho em menos limpeza, atingindo níveis caóticos em determinadas situações. Lamentamos que não tenha havido um reforço nesta matéria uma vez que é notória a falta de limpeza geral”, refere a direita caminhense. A força política de Liliana Silva acaba também por abrir o «baú das recordações» e lembra que “os orçamentos realizados por este executivo socialista previam tudo de bom, mas na verdade, tudo indicou o contrário, com prejuízos brutais e como é fácil de ver, prejuízos sucessivos são iguais a aumentos de dívida”.
A acompanhar a apresentação do orçamento, a maioria socialista orgulha-se de, a cerca de um ano das próximas eleições autárquicas, “o projeto político sufragado em 2013 e que apresentava medidas muito concretas, está cumprido em cerca de 75%”. Previsivelmente, o PSD não faz uma avaliação tão positiva e “conclui que este executivo municipal está orgulhosamente só no auto elogio, proclamando um instrumento orçamental que não é de gestão credível mas de irresponsabilidade politica, tal como já se verificou pelos resultados negativos atingidos em 2014 e 2015”.

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