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A Capela de São Bento, na freguesia de Seixas, em Caminha, encheu este domingo para a última missa do Padre Ricardo Esteves. Também conhecido como padre motard, o sacerdote esteve nos últimos 10 anos à frente das paróquias de Seixas, Lanhelas e Vilar de Mouros.
De acordo com o jornal O Caminhense, houve palmas… muitos agradecimentos e algumas lágrimas que marcaram a despedida deste padre que irá ficar à frente de cinco paróquias do concelho de Valença.
“Na hora da despedida, o pároco lembrou a caminhada de 10 anos e agradeceu a todos quantos o acompanharam no caminho”, escreve aquele jornal. Deixou a promessa de nunca se esquecer das três paróquias que leva no coração.
Deixou a confissão de que lhe custa deixar as pessoas com quem conviveu nos últimos 10 anos, “principalmente as crianças que viu nascer, batizou e acompanhou na catequese”.
Voltou a referir o que já tinha dito em entrevista àquele jornal. “Levo mais do que aquilo que trouxe, principalmente amigos”. A concluir, pediu aos paroquianos para que recebam bem o seu substituto, o Padre Manuel Pinto.
Próxima paragem… Gandra, Taião, Sanfins, Boivão e Gondomil.
Recorde-se que a ida do Padre Ricardo Esteves para Valença foi confirmada no passado mês de outubro. Foi Onomeado por D. Anacleto, Bispo de Viana do Castelo, para assumir cinco paróquias de Valença: Gandra, Taião, Sanfins, Boivão e Gondomil. Será substituído nas três que deixa em Caminha, pelo padre Manuel Pinto, que há cerca de um ano foi alvo de contestação na paróquia de Darque, de onde acabou por sair para “fazer um doutoramento em Direito Canónico”.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN) substituirá nas paróquias de Valença o Monsenhor José Caldas Esteves, que transita para as paróquias de Castelo do Neiva, Darque, Mazarefes e Vila de Punhe, em Viana do Castelo.
Em Caminha, a saída do sacerdote não caiu bem entre os fiéis. Conforme recorda ainda o JN, a população das paróquias mobilizou-se em protesto contra a saída, lançando um abaixo-assinado e colocando junto à igreja de Seixas faixas com a palavra “Fica”. “Sabia que um dia isto tinha que acontecer. Sempre disse ao Senhor Bispo, desde o dia da minha ordenação, que estava disponível para a mudança, mas não estava era à espera que fosse desta forma, num tempo tão curto e limitado. Estou aqui para obedecer, mas gostava de ficar mais três anos”, disse na altura Ricardo Esteves ao JN.
[Fotografia: Jornal O Caminhense]
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