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Caminha: PSD acusa PS de “incompetência” – “É uma enorme ignorância do PSD”, devolve Miguel Alves

6 Novembro, 2019 - 16:35

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PUB Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Caminha acusam a maioria socialista de “incompetência”. Em causa está a redução tarifária para pessoas com mais de 65 nos transportes […]

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Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Caminha acusam a maioria socialista de “incompetência”. Em causa está a redução tarifária para pessoas com mais de 65 nos transportes públicos naquele concelho.

De acordo com a oposição social-democrata, a medida já tinha sido aprovada em abril. Nunca foi posta em prática, diz ainda o PSD, e voltou novamente à reunião de Câmara desta segunda-feira onde voltou a ser aprovada. 

“Este lamento prende-se com a notícia publicada no site do Município em abril onde constava que as pessoas com mais de 65 anos iriam ter acesso a transportes gratuitos no âmbito do Programa de apoio à redução tarifária dos transportes públicos”, refere a direita caminhense em nota enviada à imprensa.

Um espaço de oito meses que, para o PSD, mostrou “uma incapacidade total” do executivo socialista nesta matéria. “Os vereadores ressalvaram esta posição na reunião de câmara de 4 de novembro, quando foi a aprovação uma nova deliberação no mesmo sentido da de abril”, sublinha a vereação laranja.

“No site do Município volta a ver-se a mesma notícia, agora em novembro, posteriormente replicada por todos os orgãos de comunicação social, como sendo uma novidade, o que não corresponde com a verdade. Na realidade trata-se de uma nova aprovação da mesma medida, já anteriormente aprovada em abril e que não teve efeitos práticos”, lamenta o PSD.

Mas a direita vai mais longe. “Quando se está a aprovar em novembro um protocolo que ainda irá ser assinado e que terá o seu fim a 31 de dezembro (…)  é agir ao sabor de eleitoralismo vazio e condenável”, disparam os vereadores em tom indignado.

“O protocolo aprovado em reunião de câmara de novembro , revela que o mesmo, na realidade, só terá efeitos práticos para a população durante alguns dias, se chegar a ser assinado. Ou seja, não tem tempo para ser usufruido pela população nem tem o tempo suficiente para ser denunciado se for o caso”, conclui o PSD

 

Miguel Alves: “A ignorância não lhes permite agir de forma rápida”

 

Ouvido pela Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, foi pragmático. “O que se passa é uma enorme ignorância do PSD que já nos habituou a ser bitola da sua ação política”, atirou o autarca socialista.

“O que está em causa é um projeto nacional que tem a ver com a redução de tarifas. E que nas grandes áreas metropolitanas passa, por exemplo, pela redução do passe único”, iniciou. “Aqui no distrito de Viana do Castelo essa questão não se coloca porque as nossas infraestruturas não permitem criar um passe único para ligar os Municípios”.

Assim, de acordo com o edil caminhense, “o que foi aprovado no passado mês de abril foi a aplicação dessa medida no concelho, salvaguardando os mais idosos – pessoas com 65 anos ou mais – no sentido de deixarem de pagar transporte público em Caminha”.

Miguel Alves recordou que outros Municípios do Alto Minho optaram por outros caminhos.

“Com o financiamento que veio do Orçamento do Estado, diminuíram os custos do transporte escolar. Mas em Caminha, como já temos transporte escolar gratuito até ao 12º ano, entendemos que deveríamos canalizar esse dinheiro [cerca de 19 mil euros] a favor das pessoas com mais de 65 anos”.

Apontou então os canhões uma direita que, observou Miguel Alves, permaneceu calada durante a sessão. “Não disseram nada disso em reunião de câmara, que a ignorância não lhes permite agir de forma rápida”.

A versão do edil caminhense é diferente. “A medida foi aprovada em abril. Na reunião de câmara desta semana aprovamos o texto dos protocolos a celebrar com as empresas de transportes que trabalham no concelho de Caminha. Só isso”, esclareceu. “Não há qualquer redundância naquilo que foi aprovado”.

Sobre a preocupação do PSD com o dia 31 de dezembro, Miguel Alves qualifica como “outro ridículo”. “Os protocolos celebram-se até ao final de prazo e o final tem de ser deste ano porque é deste Orçamento do Estado”.

E depois? “Depois renova-se. No próximo ano será renovado o contrato revogado este ano… daqui a dois anos, renova-se o contrato anterior e é assim que vai funcionar como tantos outros contratos que acontecem na vida normal das pessoas”, finalizou.

Os protocolos foram negociados com duas operadoras (Empresa de Transportes Courense, Lda. e Empresa Transcovia – Transportes Coletivos de Viana do Castelo, SA).

 

[Fotografia: mruiandre.com / Direitos Reservados]

 

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